Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Secretária de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias) ressalta a diversidade de lutas empreendidas por diferentes grupos de mulheres, sejam elas negras, LGBTs, indígenas, quilombolas, marisqueiras etc. Para isso, a Seias destaca falas de novas representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM) em Sergipe.
Para diferentes grupos de mulheres, há diferentes frentes de luta, reforça a capitã Fabiola Goes, coordenadora do projeto Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar de Sergipe – projeto que acompanha mulheres que solicitam medida protetiva de urgência à Justiça. “Cada mulher sofre um tipo de violência, a depender da raça, da situação, da classe social. Não posso ver o mundo apenas com minha visão. Quando a gente se reúne, a gente se fortalece, e é nesse fortalecimento que conseguiremos melhorias”.
Os direitos das mulheres LGBTQIA+ também fazem parte das lutas que marcam a data, como reforça Thaynam Alves, representando a entidade Casa Amor. “Enquanto mulheres LGBTs – no meu caso, bisexual – a gente é muito invisibilizada, na história, nos movimentos. Para mim, o Dia da Mulher representa a união; somar e fortalecer a luta com todas as mulheres; cada uma com suas diferenças e problemáticas; cada uma aprendendo com a outra”.
A pesquisadora e professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Nelmires Ferreira da Silva, destaca a importância das estatísticas e reforça que os diversos âmbitos da sociedade devem se unir em busca da equidade social. “A universidade tem um compromisso ético, político e acadêmico com a sociedade. A violência e o feminicídio são refletidos em números alarmantes. Por isso, nos unimos ao Conselho Estadual de Mulheres, para dar nossa contribuição especialmente na pesquisa”.
A diversidade de mulheres representa resistência para a coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres da Seias e atual presidenta do CEDM, Erika Leite. "O 8 de março é um dia de muita luta. É um dia em que as mulheres demarcam uma resistência ao retrocesso e violência a qual passamos. Trazer essas diversidades de mulheres é dizer que cada uma está resistindo em sua área de atuação. Resistindo para que possamos construir um estado e um país cada vez mais digno, com equidade, igualdade de direitos e, acima de tudo, em defesa da vida de nós, mulheres".
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