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Comissão rejeita projeto que dificulta concessão de medida protetiva em caso de violência doméstica

Pela proposta, medida protetiva de urgência seria concedida depois de ouvidas obrigatoriamente ambas as partes e o Ministério Público

05/07/2021 às 18h40
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Frota: proposta pode condenar à morte ainda mais mulheres - (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)
Frota: proposta pode condenar à morte ainda mais mulheres - (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 4814/20, que condiciona a concessão de medida protetiva de urgência em caso de violência contra a mulher à oitiva obrigatória de ambas as partes e do Ministério Público.

Como foi rejeitado pela única comissão designada para analisar o mérito, a proposta deverá ser arquivada, a não ser que haja recurso para análise do Plenário.

O relator no colegiado, deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), recomendou a rejeição do texto. “Querer que apenas após ouvidas as partes seja determinada a medida protetiva é condenar à morte ainda mais mulheres neste País, em que já temos um número de feminicídios absurdamente alto”, afirmou o relator.

O texto altera a Lei Maria da Penha. Hoje, o juiz, após receber o pedido da vítima, decide no prazo de 48 horas sobre as medidas protetivas de urgência – como a suspensão da posse ou a restrição do porte de arma, o afastamento do agressor do lar e a restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores.

Autor do projeto, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) diz que, em alguns casos, não há violência doméstica, e “a mulher se beneficia do registro de boletim de ocorrência e concessão de medidas protetivas para finalidades escusas”.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei. 

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