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Randolfe cobra documentos sobre MP que liberaria compra da Pfizer

Medida provisória foi publicada sem cláusula que facilitava aquisição no mesmo dia em que Precisa negociava chegada da Covaxin 

Redação
Por: Redação Fonte: R7
23/06/2021 às 12h45

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) cobrou nesta quarta-feira (23) a entrega à CPI da Covid de documentos do governo federal que expliquem o que ocorreu na reunião do dia 23 de dezembro de 2020, na Casa Civil, que tratou da medida provisória que tinha como intuito facilitar a compra de vacinas contra a covid-19.

A MP, que permitiria a compra sem o processo de licitação e mesmo antes da autorização para uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). foi publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de janeiro, mas sem a cláusula que liberava a aquisição de lotes da Pfizer e da Johnson (ou Janssen).

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Esse item, que teria sido discutido na reunião do dia 23 de dezembro, autorizava a União a assumir a responsabilidade sobre eventuais efeitos adversos que os imunizantes pudessem apresentar.

De acordo com Randolfe Rodrigues, no mesmo dia em que a MP foi publicada, sem a cláusula pró-Pfizer discutida no dia 23 de dezembro, o representante da Precisa Medicamentos negociava com a Índia compras da Covaxin para o Brasil.

"Nós pedimos, requeremos e foi aprovada pela comissão toda a documentação da construção dessa medida provisória. E esses documentos ainda não chegaram oficialmente a essa CPI."

O vice-presidente da CPI acrescentou que chegou um único documento, sobre o encontro entre autoridades do governo na Casa Civil. Nele, segundo Randolfe, está a informação de que na minuta da MP encontrava-se o dispositivo que facilitaria a compra das vacinas da Pfizer e da Johnson.

"No parágrafo segundo do documento, embaixo, tem uma anotação da reunião, dizendo o seguinte: 'Sem cláusula de garantia/seguro, a aquisição das vacinas da Pfizer e da Janssen ficam inviabilizadas."

"Dia 6 de janeiro sai a medida provisória 1026 sem a cláusula de garantia de seguro e, com isso, não foi possível adquirir as vacinas da Pfizer e da Johson em janeiro, e que só vieram a ser adquiridas após projeto de lei do Congresso Nacional em março."

Ele citou que no mesmo 6 de janeiro o representante da Covaxin estava na Índia.

"E uma das razões que ele alegou na Índia [para o desenvolvimento do imunizante], segundo descrição da embaixada brasileira no país, e que ele afirmou às autoridades, foi que: 'Nós queremos desenvolver a vacina da Bharat Biontech, através da Precisa, para inviabilizar, impedir, quebrar o monopólio da Pfizer."

Randolfe prosseguiu lembrando que um dia depois, em 7 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro ligou para o primeiro-ministro da Índia demonstrando interesse na vacina Covaxin. "Essa CPI precisa apurar se tudo isso foi mera coincidência."

Randolfe afirmou que na sessão de amanhã, quinta-feira (24), deve entrar com pedido de prorrogação dos trabalhos da CPI, inicialmente limitados a 90 dias. "Para termos tempo de atender às demandas de todos os senadores", justificou.

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