A redução expressiva de 75% do orçamento anual da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em 2021 preocupa o deputado federal Enio Verri, que nesta segunda-feira (7) se reuniu com o reitor da instituição, professor Júlio César Damasceno e outras autoridades locais e regionais. Da pauta, surgiu a proposta de criação de um grupo de apoio para garantir a manutenção da universidade, na tentativa de minimizar prejuízos maiores aos servidores e universitários. Para se ter ideia dos cortes, em 2020 a instituição recebeu R$ 23,5 milhões em verbas de custeio e, neste ano, a previsão orçamentária estadual caiu para R$ 5,8 milhões.
Enio Verri sempre defendeu o ensino superior público, inclusive, é professor aposentado da UEM – instituição em que se formou em Economia. Além do deputado federal, estiveram presentes na reunião o vice-reitor, Ricardo Dias; o deputado estadual Evandro Araújo; o vereador Sidnei Telles e o chefe de gabinete da reitoria, Alessandro Rocha.
Para o deputado maringaense, os cortes no orçamento da UEM seguem a mesma lógica de desmonte do Governo Federal, se respalda no quadro de pandemia. Porém, ele entende que o descaso com a instituição é antigo, não algo do momento atual. “O quadro técnico e de docentes, por exemplo, não é reposto há anos e o déficit é de mais de sete mil servidores. Além disso, a UEM está com 17 obras paralisadas. Ou seja, com essa redução no orçamento, é impossível que a universidade funcione, principalmente que retorne às aulas presenciais”, lamenta Enio Verri.
Vale ressaltar que a UEM tem um papel estratégico na cidade e região, além de grande potencial no fomento da ciência e inovação tecnológica. Portanto, sem a recomposição do orçamento de 2021, a Universidade Estadual de Maringá não conseguirá cumprir seu papel de desenvolvimento local, regional e estadual.