Ao redigir apelação a um juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, um advogado chamou o magistrado de “escrotíssimo, corrupto, sociopata e desgraçado”, no documento.
De acordo com o advogado, o referido juiz foi responsável pela exoneração que o tirou do cargo de auxiliar de autópsia no Instituto Médico-Legal (IML).
Veja o documento:Apelação - Reprodução
No documento, o advogado alega que foi exonerado do cargo no IML de maneira injusta, por culpa do juiz “corrupto”. “Ao todo, já são mais de 7 anos sem emprego, mesmo com uma enorme quantidade de provas demonstrando a forma criminosa como fui exonerado”, argumenta.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil do estado de Goiás afirmou que tem conhecimento do fato e adotou medidas para instauração de procedimento para apurar a infração ético-disciplinar.
“A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO) tomou conhecimento de evento incomum envolvendo advogado regularmente inscrito que, no exercício da profissão e também em causa própria, peticionou em termos e expressões incompatíveis com a urbanidade, técnica e com o bom-senso exigidos à boa pratica advocatícia”, disse a entidade, em nota.
Já a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) manifestou repúdio aos ataques dirigidos ao juiz na petição.
“O referido advogado, além de agir de forma completamente desrespeitosa, sem guardar o decoro que é exigido à função que ocupa, incorre em crimes contra a honra, tais como calúnia e difamação”, ressalta o comunicado assinado pela presidente da Asmego, Patrícia Carrijo.