Quarta, 27 de Novembro de 2024
20°C 32°C
Nova Cantu, PR
Publicidade

Operação policial no Rio de Janeiro gera polêmica entre deputados

A operação causou a morte de 25 pessoas após intenso tiroteio

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
06/05/2021 às 16h46
Operação policial no Rio de Janeiro gera polêmica entre deputados
Vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, comanda sessão do Plenário - (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A operação policial realizada nesta quinta-feira (6) no Jacarezinho, Rio de Janeiro, repercutiu nos discursos de parlamentares no Plenário da Câmara dos Deputados. A operação foi a mais letal da história do estado, foram 25 mortos após intenso tiroteio durante a manhã.

A Câmara fez 1 minuto de silêncio em respeito a uma das vítimas, o policial civil André Leonardo de Mello Frias. A homenagem foi solicitada pelo deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que afirmou a intenção de homenagear apenas o policial civil e não as outras vítimas, que seriam “vagabundos”.

O pedido gerou reação de vários parlamentares, como a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Não podemos julgar a priori que as pessoas mortas eram criminosas, ninguém aqui pode dizer que todos ali assassinados eram bandidos. Ou a gente aprofunda o debate, ou fica difícil esse tipo de polêmica”, lamentou.

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que conduzia a sessão, afirmou que a Casa “não é tribunal” para julgar o resultado da operação e que a homenagem ao policial não caracteriza as outras vítimas como bandidos ou não.

“Este ambiente aqui não é um tribunal e não vamos julgar quem tem ou não razão. Vamos fazer 1 minuto de silêncio porque a morte de um policial é uma ocorrência que exige a nossa solidariedade. Ao fazer 1 minuto de silêncio, eu tenho que registrar que não estamos julgando todos os mortos como bandidos porque isso não nos cabe”, afirmou.

Inteligência
Ex-governadora do Rio de Janeiro, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) denunciou que recebeu notícias de pessoas mortas dentro da própria casa e que a operação mobilizou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Defensoria Pública. Ela disse que a polícia precisa trabalhar com inteligência para combater o crime, e não com ações violentas.

“Nós gostamos das coisas certas. Bandido se prende, condena, não mata. Não existe lei que autorize policial a chegar a um local com 170 mil pessoas e sair atirando. Desde quando uma pessoa suspeita tem que morrer?”, questionou.

Otoni de Paula, no entanto, parabenizou a Polícia Civil pela operação e pelo “cancelamento do CPF de 25 marginais”. “Cada bandido preso ou abatido é a garantia da promoção, da libertação do nosso povo tão sofrido, de moradores, principalmente, das comunidades”, disse. O parlamentar afirmou ainda que “alguns partidos gostam de bandidos”, fala que também gerou reação em Plenário.

A líder do Psol, Talíria Petrone (Psol-RJ), destacou que “cancelar CPFs” é uma gíria de milícia e lamentou a realização de operações policiais com troca de tiros durante a pandemia. “Para enfrentar esse quadro, não é a lógica da guerra às drogas que é a guerra aos pobres. Tem que se controlar armas e munições, e não seguir com essa lógica sangrenta que precisa ser interrompida em defesa da vida”, disse.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Nova Cantu, PR
30°
Tempo nublado
Mín. 20° Máx. 32°
30° Sensação
3.26 km/h Vento
42% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
05h32 Nascer do sol
05h32 Pôr do sol
Quinta
31° 19°
Sexta
30° 18°
Sábado
29° 20°
Domingo
28° 19°
Segunda
21° 20°
Economia
Dólar
R$ 5,89 +1,43%
Euro
R$ 6,23 +2,25%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,81%
Bitcoin
R$ 601,107,09 +4,97%
Ibovespa
128,082,20 pts -1.42%
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias