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Garantia de escolha à gestante sobre a modalidade de parto é aprovada pela Assembleia Legislativa

Garantia de escolha à gestante sobre a modalidade de parto é aprovada pela Assembleia Legislativa

25/11/2019 às 22h45 Atualizada em 26/11/2019 às 01h45
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A deputada Mabel Canto (PSC) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, durante a sessão plenária desta segunda-feira (25), para fazer uma defesa apaixonada do direito de escolha das paranaenses pelo modo como desejam ter seus filhos. “Não cabe dizer qual é o melhor tipo de parto, nem enaltecer ou denegrir qualquer uma das vias de parto”, afirmou a parlamentar sobre o projeto de lei 161/2019, de sua autoria e aprovado em primeira discussão ainda durante a sessão, que garante à parturiente o poder de escolha sobre a modalidade de parto que atende melhor às suas convicções, valores e crenças.

“Também garantir a igualdade e a isonomia para todas as mulheres, sejam elas usuárias do SUS, dos planos de saúde ou do sistema particular. A verdade é que a vontade da gestante já é atendida no particular ou nos planos de saúde, porque estas mães pagam. Acontece que direito não é só de quem paga, é universal, independente de questões econômicas e socais”, explicou Mabel, sob os aplausos de mulheres que acompanhavam sua fala das galerias. O projeto de lei altera a lei 19.701 de 2018 que já informa e protege as gestantes e parturientes sobre a violência obstétrica.

Para reforçar sua posição, Mabel Canto convidou a palestrar da tribuna, durante o horário do Grande Expedeinte, o médico José Jacyr Leal Junior, presidente do Centro Fetal Batel, de Curitiba. “No SUS, por questões técnicas, de localização ou por falta de condições, os médicos acabam levando o máximo possível de mulheres para a cesariana e as outras para o parto normal, daquelas que está mais fácil e aí os desvios acontecem. Existem partos fáceis e difíceis, mas só se pode saber qual é o melhor quando a criança já nasceu”, frisou o ginecologista que listou, também durante sua explanação aos deputados, os riscos e complicações do parto natural.

De acordo com Mabel Canto, garantir o direito de escolha da modalidade de parto que as mães decidirem é fundamental. “Não devemos obrigar ninguém a fazer aquilo que não quer. Se uma mãe decide pelo parto natural, ela deve ter esta opção, mas se quiser fazer o cesariano, seu direito deve ser garantido a ela. Com nosso projeto, queremos que as gestantes e parturientes, durante o pré-natal, sejam orientadas pelo médico, saber os prós e contras, mas vantagens de cada tipo de parto e só então escolher, de acordo com suas crenças e convicções”, ressaltou.

Futebol de surdos – Ainda durante a sessão plenária, a seleção feminina de futsal para surdos foi homenageada pelo Poder Legislativo pela conquista do título mundial da categoria, na Suíça, no inicio de novembro.  As atletas paranaenses Laelen Cassia Machado Brizola, Vanessa Wons, Vanderléia Gonçalves Barbosa e Josiane Maria Poleski receberam as honras dos parlamentares pela campanha de seis jogos invictos, com 49 gols feitos e apenas cinco sofridos. A final, contra a seleção da Polônia, foi com uma vitória de 4x0.

Laelen Brizola, artilheira da competição com 14 gols, foi considerada ainda a melhor jogadora do Campeonato Mundial de Futsal de Surdos e a melhor entre todas as participantes da categoria do globo. “A Assembleia Legislativa do Paraná se alegra nesta tarde por poder prestigiar esta grande conquista, não um título qualquer, o de melhor do mundo. Quatro paranaenses, duas de Cascavel, e a melhor do mundo é cascavelense”, afirmou o deputado Márcio Pacheco (PDT), quem fez o convite para a ida do time ao Plenário.

“O Paraná as recebe de braços abertos em sua volta, feliz com esta vitória. Em meu caso, satisfeito com o esporte da cidade de Cascavel e esta conquista que dependeu delas, exclusivamente delas”, destacou o deputado sobre os percalços da equipe que precisaram fazer rifas, vaquinhas online e promoções de jantares para custear as despesas de hospedagem e transporte á Europa.

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