Mesmo em meio ao isolamento necessário por causa da pandemia do coronavírus, o programa Criança Feliz, do Ministério da Cidadania, não interrompeu as atividades. Em audiência pública da Comissão Externa de Políticas para a Primeira Infância nesta segunda-feira (12), a secretária Nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira, afirmou que as visitas domiciliares continuaram de forma híbrida.
De acordo com ela, as abordagens das equipes do programa Criança Feliz foram feitas de acordo com os protocolos sanitários e que houve treinamento para os novos procedimentos, tudo para que a visita a gestantes e mães de crianças de até 6 anos não parasse.
Produção de conteúdo
Luciana Siqueira salientou a produção de conteúdo, com orientações gerais e informações para grupos específicos, como as gestantes e as pessoas com deficiência.
“Os temas que a gente tratou nesse período da pandemia a gente mandava através de cards, podcasts, vídeos: saúde emocional, familiar e os cuidados parentais; ansiedade das crianças; saúde mental materna; jogos e brincadeiras no ambiente familiar; violência doméstica; garantia e direito social das crianças e gestantes; acidentes domésticos envolvendo crianças.”
Orçamento
A autora do pedido para a realização da audiência, deputada Leandre (PV-PR), apontou os vários impactos da crise sanitária na vida das crianças, que vão da insegurança alimentar à impossibilidade de ir para a escola.
Ela acrescentou a importância de garantir orçamento para as políticas públicas para a primeira infância e lembrou que a violência é outra consequência grave das dificuldades deste período.
“A gente tem um estudo recente sobre o quanto os abusos sofridos pelas crianças, a crueldade sofrida por muitas crianças, o quanto isso tem um impacto significativo no seu desenvolvimento”, disse.
Integrantes da comissão externa destacaram também a importância da articulação dos vários órgãos do governo e de campanhas sobre a primeira infância. A deputada Angela Amin (PP-SC) deu o exemplo de um acompanhamento feito pelas unidades básicas de saúde em Florianópolis quando ela era prefeita. A ação diminuiu significativamente a mortalidade infantil na capital catarinense.