Proposta que flexibiliza as regras para a compra de vacinas por empresas privadas (PL 948/21) pode ser votada hoje pelo Plenário da Câmara dos Deputados. A relatora do projeto, deputada Celina Leão (PP-DF), afirmou que houve acordo de procedimento na reunião de líderes desta terça-feira (6) para a inclusão do projeto na pauta do Plenário. A parlamentar destacou que não há acordo sobre o mérito do texto.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a prioridade do Plenário continua sendo o combate à pandemia e a ampliação da vacinação da população brasileira. Lira conduziu a reunião de líderes e destacou as prioridades para a semana.
A proposta da flexibilização da compra de imunizantes é polêmica, pois alguns partidos, como o PT, consideram que o texto poderia enfraquecer o Plano Nacional de Imunização e regulamentar o chamado “fura filas”. Uma nova versão do texto foi apresentada pela deputada para estabelecer que as empresas que comprarem vacina sejam obrigadas a seguir as prioridades de vacinação do SUS.
Já há uma lei aprovada pelo Congresso que estabelece que empresas privadas podem comprar vacinas desde que 50% da compra sejam doadas ao SUS.
A relatora explicou que apresentou alguns ajustes em seu parecer para evitar que haja uma concorrência entre o setor privado e o público. Celina Leão disse também que o empresário deverá doar ao SUS a mesma quantidade de doses compradas para imunização de seus funcionários, bem como doar doses apenas para o sistema público. “A ideia é agilizar a vacinação, não competir com o Ministério da Saúde”, disse Leão.