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Delegados de polícia serão os primeiros a ser ouvidos pelo Conselho de Ética no caso Flordelis

O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), relator de processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmar...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
16/03/2021 às 21h24

O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), relator de processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, apresentou nesta terça-feira (16) seu plano de trabalho para o caso. Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

Pelo roteiro de Leite, primeiramente serão ouvidos os policiais responsáveis pelo inquérito e, em seguida, as testemunhas indicadas por Flordelis. Assim, falarão em oitiva: o delegado de polícia Allan Duarte Lacerda e a delegada Bárbara Lomba Bueno; e também as testemunhas Simone dos Santos Rodrigues, Marzy Teixeira da Silva, Adriano dos Santos Rodrigues, Flavio dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira, todos filhos da parlamentar.

Depois a própria deputada será ouvida e, por fim, serão realizadas outras diligências que se mostrarem necessárias. O relator procederá às diligências por até 40 dias úteis contados da apresentação da defesa da parlamentar, o que ocorreu na segunda-feira (15).

Defesa
Nesta terça, Flordelis, que participou da reunião do Conselho de Ética por videoconferência, voltou a se dizer inocente. Ela alegou que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído. Segundo Flordelis, a mandante do assassinato foi sua filha Simone.

“Eu não sabia o que estava acontecendo dentro da minha casa. Eu não sabia que o meu marido estava assediando a minha filha. Eu não sabia”, disse Flordelis. “Minha filha foi a mandante. Mas eu não compactuo com isso. Não matar. Ela tinha os caminhos de denúncia.”

Chorando, a parlamentar pediu para ser olhada “como ser humano, como mulher, como mãe”. “Eu não mandei mantar meu marido. Eu não participei de nenhum ato de conspiração contra o homem que foi meu companheiro por mais de 20 anos. Mais que meu marido, ele era meu amigo. Nós viajávamos juntos, nós éramos inseparáveis”, acrescentou.

Alexandre Leite não admitiu um pedido de inépcia da representação apresentado pela defesa, uma vez que o processo por quebra de decoro já foi admitido e iniciado a partir da Representação 2/21, da Mesa Diretora da Câmara.

Nova reunião
O Conselho de Ética voltará a se reunir nesta quarta (17) para analisar a proposta de atualização de seu regulamento, que também tem como relator Alexandre Leite.

“Entre hoje e amanhã, espero entregar uma tabela comparativa, para que os deputados entendam como é e como fica a proposta de atualização do nosso regulamento. Trata-se de uma mera atualização do que já é realizado e de alterações pontuais de alguns procedimentos”, explicou.

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