A Câmara dos Deputados rejeitou há pouco, por 333 votos contra 135, e 1 abstenção, destaque do PSB à PEC Emergencial que pretendia manter a vinculação de determinadas receitas a fundos setoriais. Outro destaque, do PDT, tratará do mesmo tema, mas deixa na PEC a proibição de criar fundo público quando seus objetivos puderem ser alcançados com a vinculação de receitas orçamentárias.
Mesmo em obstrução, os partidos de oposição declararam ser favoráveis ao destaque. "O destaque protege os fundos públicos, que servem para investimentos em ciência, pesquisa e tecnologia. Falta política de estímulo e incentivo", defendeu o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE). "A PEC vai mandar este dinheiro para os banqueiros", protestou o deputado Afonso Florence (PT-BA).
O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), destacou há pouco o impacto positivo da aprovação em primeiro turno da PEC Emergencial, que fez com que a Bolsa de Valores subisse e o dólar caísse nesta quarta-feira (10).
O governo defende a aprovação do texto original do Senado, mas alguns parlamentares da base declararam ser favoráveis a modificações. "Apesar de ser governo, eu me sentiria muito desconfortável por não estar ao lado da segurança pública neste momento", declarou o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ).