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Deputados lamentam a morte de Alencar Furtado

Deputados lamentam a morte de Alencar Furtado

11/01/2021 às 18h20 Atualizada em 11/01/2021 às 21h20
Por: Redação
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Deputados lamentam a morte de Alencar Furtado

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) lamentou nesta segunda-feira (11) a morte do ex-deputado estadual e ex-deputado federal, José Alencar Furtado. Pesar que foi acompanhado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), e demais deputados durante a sessão plenária desta segunda-feira (11).

“O deputado Alencar Furtado marcou a minha vida, fomos colegas de legenda. Exerceu a política de forma íntegra e honesta. Alguém que nunca transgrediu seus princípios por qualquer conveniência. Foi um grande homem que teve uma vida bem vivida”, afirmou Romanelli durante abertura da sessão.

“O deputado Alencar Futado também foi deputado estadual e segundo secretário desta Casa em 1969. É uma perda irreparável. Era um homem de uma cultura realmente que convencia a todos e foi um excepcional deputado federal. Também lamentamos em nome da Mesa e desta Casa”, disse o presidente Traiano.

José Alencar Furtado morreu aos 95 anos, na madrugada desta segunda-feira, em decorrência de problemas renais e cardíacos. Nasceu em Araripe, no Ceará, filho de Vicente Alencar Barbosa e Maria Furtado, pequenos agricultores.

Pelo Paraná - Advogado e político, Alencar Furtado exerceu três mandatos de deputado federal pelo Paraná, e foi cassado pela ditadura militar. Militante da Esquerda Democrática, uma dissidência udenista que originaria o Partido Socialista Brasileiro, foi um dos fundadores dessa última legenda no Ceará. Transferindo-se para o estado do Paraná, foi advogado junto à prefeitura de Paranavaí.

Após o golpe militar que depôs João Goulart em 1964, ingressou no MDB e foi eleito suplente de deputado estadual em 1966 e presidente do diretório regional da legenda (1969-1970).

Eleito deputado federal em 1970 e 1974, chegou ao posto de líder de bancada, sendo parte do grupo dos chamados "autênticos" do MDB. No entanto, teve o seu mandato parlamentar cassado em 30 de junho de 1977. Privado de seus direitos políticos, elegeu o filho Heitor Alencar Furtado para ocupar seu lugar, em 1978. Heitor terminou sendo assassinado durante a campanha.

De volta à cena política após a decretação da anistia pelo presidente João Figueiredo, foi reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Todavia, o assassinato do filho naquele mesmo ano abalou-o profundamente.

Após a eleição de Tancredo Neves para presidente da República, Alencar Furtado acabou por entrar em colisão com o partido ao disputar a presidência da Câmara dos Deputados contra Ulysses Guimarães em 1985. No pleito de 1986, disputou o governo do Paraná pelo PMB, em chapa com o então pedetista Jaime Lerner, mas foi derrotado por Álvaro Dias, do PMDB.

Furtado deixou viúva, três filhas e um neto.

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