O Condomínio do Idoso de Foz do Iguaçu, na região Oeste, alcançou 80% de execução em dezembro de 2020 e chegou à fase de acabamento e revisão final. São 40 casas exclusivas para moradores da terceira idade em formato de loteamento fechado e sob um programa de aluguel social. O investimento da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na segunda unidade do programa Viver Mais Paraná atingiu R$ 4,29 milhões.
O cronograma original previa a entrega ainda no ano passado, mas ela foi remarcada para o primeiro trimestre de 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus (atrasos na liberação de materiais e cuidados extras na circulação dos operários) e de problemas habituais de grandes obras, como telhas e cerâmicas com tonalidades e qualidades diferentes que tiveram que ser trocadas. Com isso, a Cohapar prorrogou até o começo de fevereiro o prazo de inscrição.
As casas têm 42 metros quadrados e foram construídas em duplas, conjugadas. São em alvenaria, inclusive a laje, levando em consideração as necessidades climáticas do bairro Três Lagoas, às margens do Lago de Itaipu, e de durabilidade.
Os imóveis têm sala, cozinha, um quarto e um banheiro, além de uma lavanderia externa, projetados para abrigar um idoso ou um casal. As unidades também serão entregues com piso, acabamentos e todas as instalações elétricas e hidráulicas necessárias para o idoso iniciar a mudança de imediato.
Há três grandes particularidades para atender o perfil: as portas são maiores do que os projetos habituais da Cohapar, os banheiros terão barras de segurança e os acessos externos contarão com rampas, pensando também em uma rotina com cadeira de rodas.
Há, ainda, uma horta comunitária com boa estrutura de concreto e floreiras, academia ao ar livre, quiosque, bancos de repouso e um centro de convivência com biblioteca, cozinha com churrasqueira, dois banheiros, sala administrativa, salão de jogos e espaço de atendimento médico. O complexo é fechado com muros e conta com portão e guarita. A administração será da prefeitura.
A obra começou em agosto de 2019 e ocupa uma área total de 11,5 mil metros quadrados, próxima ao principal acesso da “prainha de Foz”. Atualmente os trabalhos se concentram na finalização do centro de convivência e da horta, na preparação para a pintura e montagem dos forros, instalações elétricas e hidráulicas, estacionamento e pavimentação em paver para facilitar os acessos.
REQUISITOS – A iniciativa do Paraná é organizada a partir de um aluguel social de 15% do salário-mínimo (R$ 156,75). Nessa parceria, a Prefeitura de Foz do Iguaçu será responsável por atendimento médico, fisioterapia, psicologia, e, eventualmente, disponibilizar uma unidade móvel para acompanhamento dos moradores. Uma das ideias é promover, também, aulas de artesanato e pintura.
O cadastro organizado pela Cohapar já tem 2.373 inscritos e o processo de inscrição foi prorrogado até 07 de fevereiro. Neste ano será feita uma hierarquização da lista, conforme os critérios do programa.
Podem participar do processo seletivo pessoas com 60 anos ou mais, com renda de um a seis salários mínimos, sozinhas ou em casal, que comprovadamente não tenham outro imóvel em seu nome, moradores de áreas de risco, e que possuam toda a documentação necessária. O cadastro é feito no link http://cohapar.pr.gov.br/cadastro.
Quem tiver dúvidas ou dificuldades no preenchimento das informações no sistema da companhia pode ligar para o telefone (45) 3333-1100, que também funciona como Whatsapp. O atendimento é prestado de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Aqueles que não forem atendidos logo na primeira fase continuarão na lista ou poderão ser contemplados dentro dos outros programas da Cohapar. O déficit habitacional do município beira 3 mil pessoas.
CADASTRO – Para os que já fizeram cadastro na Cohapar anteriormente é importante ter atenção quanto à necessidade de atualizações dos dados, em especial informações de contato, pois as chamadas para participação na seleção são feitas via telefone e e-mail. Por questões legais, o prazo de validade das inscrições é de dois anos, sendo necessário novo cadastro após este período.
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Investimentos no Viver Mais serão ampliados em 2021
A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) vai intensificar em 2021 os investimentos dentro do programa Viver Mais. Como ele ganhou visibilidade nacional e serviu de inspiração para modelagens do governo federal dentro da Casa Verde e Amarela, a ideia é expandir esse modelo para mais locais.
Já há uma unidade em funcionamento em Jaguariaíva, nos Campos Gerais, a de Irati teve as obras iniciadas e há outros 19 projetos mais adiantados. Foram contratadas as unidades de Prudentópolis, Cornélio Procópio, Telêmaco Borba, Francisco Beltrão e Ponta Grossa, e estão prontos para licitação os condomínios de Cascavel, Guarapuava e Maringá. Os projetos ainda estão em elaboração em outros dez municípios.
“Esse programa é um exemplo para o País e tem animado os municípios. Estamos tentando viabilizar cada vez mais recursos para atender essa demanda de habitação para a terceira idade, que é uma faixa etária muitas vezes esquecida pelas políticas públicas”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Esse é um projeto inédito, inspirado em um conceito muito moderno. Estamos criando espaços de moradia, de convívio, mas também de atendimento social para essa população”, destaca o governador.
O diretor-presidente da Cohapar, Jorge Lange, explica que o projeto Viver Mais Paraná tem compromisso com a geração de qualidade de vida. “Essa é uma população pouco assistida e que carece de investimentos porque já não tem acesso a crédito imobiliário, por exemplo. É papel do Estado criar condições de moradia digna”, destaca. “Nesse projeto conjugamos atendimento social, segurança e condições de política pública permanente com o sistema de aluguel”.
O Viver Mais é uma modalidade do programa Casa Fácil Paraná voltada especificamente para a terceira idade. Neste modelo, os imóveis não são doados ou vendidos ao público beneficiado, mas cedidos por tempo indeterminado para que, após a sua desocupação, eles sejam novamente direcionados para o atendimento ao público-alvo.
Os convênios firmados com os municípios preveem contrapartidas das prefeituras que incluem a doação das áreas para a construção dos conjuntos, obras de infraestrutura no entorno e trabalhos de acompanhamento médico e social periódicos no local para os moradores.
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