A Copel Mercado Livre, braço de comercialização da Copel, cresceu 41% em 2020 e tornou-se a quarta maior empresa do País no setor de compra e venda de energia fora do mercado cativo. No final de 2019, a companhia estava entre as 15 maiores. Somente até setembro, a subsidiária comercializou 1,4 mil MWmédios, ante 980 MWmédios em todo o ano de 2019.
Com a implementação de um processo de modernização e digitalização de suas atividades, a empresa acumulou uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão nos três primeiros bimestres, valor 37% maior do que o resultado de todo o ano de 2019. O resultado contribui para cumprir a missão da Copel, de investir no mercado de energia de forma sustentável e rentável, garantindo recursos para aplicar cada vez mais no Paraná.
Com redirecionamento na sua estratégia, a empresa passou a priorizar a venda de energia para consumidores finais e a aquisição de energia de longo prazo diretamente de usinas renováveis. Em dezembro, assinou um contrato de fornecimento de energia com a Assembleia Legislativa do Paraná, o primeiro órgão público do Brasil a migrar para o mercado livre. A estimativa é de uma economia média de 15% ao ano.
Ao longo de 2020, foram realizados dois leilões de compra de energia em que foram contratados quase 800 MW de potência de empreendimentos eólicos e solar, para atendimento aos clientes da empresa.
A atuação eficiente rendeu frutos. Em novembro, a Copel Mercado Livre foi reconhecida pela revista Exame como a segunda melhor empresa de energia do País e reconhecida pelo “sucesso nos negócios e pela disputa de mercado com os concorrentes”.
Para o diretor-geral da subsidiária, Franklin Miguel, os resultados se devem a um processo de reposicionamento da marca e da estratégia. “Em 2020, implementamos diversas ações para melhorar a percepção dos clientes em nossa área de atuação. Mudamos o nome da empresa, desenvolvemos campanhas didáticas sobre o mercado livre e sobre a Copel e nos destacamos em um mercado bastante competitivo”, explica.
Além disso, em 2020 a Copel Mercado Livre aumentou a carteira de consumidores ao desenvolver um trabalho diretamente com consumidores finais. A receita adquirida somente com a venda de energia para os consumidores finais aumentou 66%, em comparação aos 21% de aumento na receita com venda para os demais agentes do setor (geradoras e comercializadoras).
FUTURO - O diretor da subsidiária destaca a importância da atuação da empresa, uma vez que o mercado livre deve crescer cada vez mais. “Já existe um cronograma de abertura do mercado livre aprovado pelo Ministério de Minas e Energia. Temos certeza de que, no futuro próximo, todos os consumidores, inclusive os consumidores residenciais, poderão escolher seu supridor de energia. Por isso, estamos trabalhando intensamente para modernizar a Copel Mercado Livre e oferecer uma gama completa de serviços para nossos consumidores finais.”
A empresa também tem trabalhado para detectar outras oportunidades de negócios, como o mercado livre de gás natural, geração distribuída, certificados de energia renovável e eficiência energética. “A ideia é desenvolvermos uma carteira de produtos e serviços para todos os tipos de consumidores, dos pequenos aos grandes clientes de energia elétrica e gás natural”, pontua Miguel.
Em agosto deste ano, a empresa foi autorizada pelo ministério a exportar energia para a Argentina e o Uruguai. Em 2019, já tinha obtido autorização para importação de energia desses países.
Com relação ao futuro da subsidiária, o diretor é categórico. “Nosso propósito é proporcionar competitividade para nossos clientes, com energia renovável e preços atrativos, de uma forma muito simples, sem burocracia e totalmente digital, ajudando o Paraná e o País a crescerem de forma sustentável”, sintetiza o Miguel.
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