Pela primeira vez, a Polícia Científica (PCPPR) tem um projeto que pode ser beneficiado com os recursos do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA), oriundos de doações do Imposto de Renda, pessoa física (PF) e jurídica (PJ), para a defesa e proteção dos direitos de crianças e adolescentes.
O projeto da Polícia Científica, aprovado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), visa o combate ao crime de pornografia infantil na internet (cyberpornografia). Pessoas físicas podem doar até 6% e empresas 1% do imposto retido na fonte.
O diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, informa que a colaboração da sociedade é fundamental nesse propósito específico da instituição, que é inédito. “A população tem a oportunidade de doar e saber que o recurso será destinado para um projeto inédito e específico da Segurança Pública. Ou seja, sabe para onde vai seu dinheiro retido na fonte”, ressaltou.
Para doar, basta acessar o link (www.fia.pr.gov.br/fia/cadastrarDoacao.do?action=iniciarProcesso) e inserir os dados do CPF ou CNPJ, preencher as informações pessoais ou da empresa e na etapa destino da doação, selecionar a opção banco de projetos e, em projeto, escolher, “Polícia Científica do PR Combate à Pandemia de Cyberpornografia”.
DOAÇÃO - Ao término dessa etapa, será gerado um boleto, cujo pagamento deve ser efetuado até o último dia útil bancário de 2020, assim o valor será deduzido no imposto de renda de 2021. A outra opção é fazer a doação ao fundo diretamente durante a próxima declaração (entre os meses de março e abril de 2021).
“A meta é conseguir 10 mil pessoas físicas que destinem a doação de R$ 50 reais e o restante vindo das empresas (PJ). Com isso serão processados com maior rapidez casos em andamento para desvendar esses crimes”, esclareceu o diretor da Polícia Científica.
De acordo com as informações do órgão, a pandemia aumentou exponencialmente as denúncias de pedofilia na internet em 2020. "Por isso são necessárias ações que possam combater e identificar esse crime, que cresce tanto em quantidade, quanto em variedade tecnológica", afirma Grochocki.
Com o projeto, a Polícia Científica também busca a especialização de profissionais em computação forense para auxiliar na análise dos vestígios cibernéticos, apoio na estruturação e criação de delegacias especializadas para agilizar e concluir inquéritos de crianças e adolescentes vítimas de exploração, violência e abuso sexual, além da prevenção da pornografia cibernética, criando campanhas educativas para crianças, adolescentes e pais.
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