A empresa pública Portos do Paraná investiu R$ 6,5 milhões em ações e equipamentos para proteger os trabalhadores e caminhoneiros que passam, todos os dias, pelo Porto de Paranaguá. As estruturas de atendimento, com médicos e enfermeiros, funcionam 24 horas, todos os dias da semana. Também foram adquiridos suprimentos como álcool em gel, máscaras, luvas, novas pias, chuveiros e serviço de desinfecção.
Desde março, mais de 1,2 milhão de triagens de saúde foram realizadas, com aplicação de questionário e aferição de temperatura em todos os que entram e saem do cais, Pátio de Triagem, Silos Públicos e áreas administrativas.
“Os protocolos adotados se mostraram altamente eficazes. No início da pandemia o porto era visto como um possível polo de infecção, pelo grande número de pessoas que recebe. Mas as medidas de segurança e a participação de cada trabalhador têm sido fundamentais”, destaca o diretor-presidente da Porto do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Somente na faixa portuária, transitam mais de 4 mil pessoas por dia. O fluxo intenso de trabalhadores e usuários exigiu uma resposta rápida do poder público e das empresas que operam cargas. “Foi uma união de esforços. Junto com o Órgão Gestor de Mão de Obra e os sindicatos das diferentes categorias, conseguimos implementar mudanças significativas na rotina do porto, sem transtornos e sem paralisar a movimentação de cargas essenciais”, completa Garcia.
SEGURANÇA - Uma das preocupações era que os colaboradores e suas famílias se sentissem seguros, o que foi alcançado, segundo uma pesquisa do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) junto aos Trabalhadores Portuários Autônomos (TPA). “Mantemos um canal de comunicação com todos, em que mais de 90% diz se sentir seguro dentro do porto, com as ações adotadas”, conta Manuel Rubens de Magalhães Filho, gerente operacional do OGMO.
CAMINHONEIROS - No Pátio de Triagem de Caminhões, os motoristas recebem cuidado especial. Com movimento de até 2 mil pessoas por dia, vindas de todo o Brasil, a estrutura de saúde foi importante para não sobrecarregar o sistema de saúde municipal. Com as triagens iniciais feitas no local, caminhoneiros com sintomas são atendidos por um médico de plantão, contratado pela autoridade portuária, sem precisar procurar as unidades que são usadas pela comunidade geral.
Outra preocupação foi vacinar contra o vírus influenza, entre eles H1N1 e H3N2. Em parceria com o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e prefeitura de Paranaguá, foram disponibilizadas 5 mil doses para caminhoneiros e portuários.
Em abril, no momento mais crítico da pandemia, o Governo do Estado entregou 5 mil kits, com arroz, feijão, óleo e ovos para os motoristas, que enfrentavam dificuldades em encontrar restaurantes abertos na estrada. O investimento, da Portos do Paraná, foi de R$1,1 milhão.
INVESTIMENTOS - Entre março e novembro, foram mais de 3,5 mil metros quadrados de área desinfectada, 3,5 mil máscaras, 10 mil litros de álcool em gel, 144 litros de sabonete antisséptico (usados em ambientes hospitalares), 5 mil pares de luvas, 10 mil unidades extras de máscaras cirúrgicas, 21 tendas e cabines elevadas, 200 metros lineares de grade de isolamento, 32 chuveiros, 60 pias e lava-pés com hipoclorito de sódio.
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