A Portos do Paraná iniciou a elaboração do projeto executivo para a remoção de parte do complexo de rochas conhecido como Pedra da Palangana. A formação, que fica submersa na região do Porto de Paranaguá, está localizada na área de manobra, limitando a capacidade e o tráfego dos navios na entrada da baía.
O investimento previsto para projeto e obra é de cerca de R$ 23,28 milhões, com recursos próprios da empresa pública. Tecnicamente chamada de derrocagem, a obra é aguardada há anos por toda a comunidade portuária.
“Essas rochas limitam a profundidade na entrada da baía. Com a remoção, junto com os investimentos que estamos fazendo em dragagem permanente, teremos ganhos operacionais efetivos. Com o fim das obras, o Porto de Paranaguá terá uma condição inédita para receber navios maiores. Isso tem impacto direto tanto na nossa movimentação quanto na economia como um todo”, afirma o diretor-presidente da empresa pública, Luiz Fernando Garcia.
A expectativa é que em 12 meses a pedra já não seja mais um obstáculo para a navegação no porto paranaense.
EXECUÇÃO - A obra e o projeto executivo serão desenvolvidos pelo Consórcio Boskalis - Fabio Bruno - SLI - DEC, vencedor da licitação. A previsão é que o projeto esteja finalizado em três meses e a obra, que compreende a mobilização dos equipamentos, perfuração, desmonte e remoção das rochas, dure oito meses, contados a partir da finalização e aprovação do projeto.
Segundo a Diretoria de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, inicialmente serão realizados levantamentos hidrográficos e sondagens para subsidiar a elaboração do projeto executivo.
Como explica Bruna Calloni, coordenadora de Batimetria e Dragagem, da Gerência de Engenharia Marítima (GMAR), a execução desta obra permitirá o aprofundamento do canal de acesso principal, na região do maciço rochoso das Palanganas, compatibilizando com as profundidades obtidas na dragagem de aprofundamento – em torno de 14 metros.
“Será possível obter um ganho de calado operacional com maior segurança à navegação, garantindo que as dimensões do canal de acesso aquaviário atendam à demanda de navios de maior porte, o que torna os portos do Paraná mais competitivos comercialmente”, afirma.
Além disso, acrescenta a engenheira, a derrocagem permitirá a redução do tempo de espera para as manobras de atracação e desatracação e, consequentemente, um incremento nas janelas operacionais, que é o período em que os navios têm condições de manobrar.
DERROCAGEM - Na obra serão removidas seis porções do maciço rochoso que somam 22,3 mil metros cúbicos. As formações são parte da Pedra da Palangana, que tem mais de 200 mil metros cúbicos.
“A fragmentação da porção do maciço rochoso a ser derrocada se dará por explosões subaquáticas. Durante toda a obra são previstos programas de monitoramento e controle ambiental para mitigação de possíveis riscos”, garante a representante do GMAR, da Portos do Paraná.
Segundo a engenheira, a obra deverá seguir janela de execução de forma a não afetar a passagem de navios e operação do porto.
A derrocagem já tem licença ambiental, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para a execução. Essa está inserida na licença de instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017.
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