No Paraná, embora os indicadores econômicos já venham dando sinais de recuperação, a pandemia do coronavírus ainda não acabou e, por isso, o Governo do Estado foca em sustentabilidade. Esse o foco da participação do chefe da Casa Civil, Guto Silva, em evento internacional promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta terça-feira (17).
O encontro avaliou como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) podem auxiliar a recuperação de cidades e regiões afetadas pela pandemia do coronavírus.
Silva destacou sete ações estruturantes e estratégias de curto prazo para recuperação, crescimento e desenvolvimento econômico, que começaram a ser adotadas no Estado este ano e vão até 2022. “Temos que mudar velhos paradigmas e um dos maiores desafios será abandonar a forma como os governos sempre fizeram as coisas”, afirmou.
As ações incluem revisão de todos os contratos de uso e locação de bens imóveis, aumentando a eficiência no uso do patrimônio público; a redução da frota oficial, com a adoção do programa TaxiGov; a melhoria na gestão de recursos humanos; o acesso cada vez maior da população a serviços online; a regulamentação dos serviços terceirizados, para reduzir custos com folha salarial e o déficit previdenciário, e a regulamentação do Teletrabalho, adotado desde o início da pandemia e que apresentou bons resultados.
“É preciso repensar o planejamento nos ambientes de teletrabalho. Este talvez tenha sido o maior legado dessa pandemia, importante na redução de custos fixos, aumento da produtividade e otimização do uso dos espaços físicos”, afirmou Guto Silva.
A última das ações destacadas por ele foi a desburocratização, com a modernização do serviço público e melhor organização do trabalho em cada órgão. A simplificação de processos já está acontecendo por meio do programa Descomplica, lançado no ano passado com o objetivo de simplificar a vida dos empreendedores. O Descomplica permite que, hoje, uma empresa seja aberta em menos de 24 horas no Estado.
JEFFREY SACHAS - Participaram do evento da OCDE representantes de mais de 10 países como Alemanha, Japão, Bélgica, Estados Unidos, Brasil e Finlândia. Um dos mais conhecidos, o professor e economista americano Jeffrey Sachs, elogiou a forma como países da Ásia lidaram com a pandemia e fez sérias críticas ao modo que os Estados Unidos enfrentaram a doença.
Para Sachs, os ODS serão um guia a ser seguido para vencer a crise provocada pelo coronavírus. E ressaltou que será preciso uma governança diferenciada, com investimento, organização, transparência e, sobretudo, um ambiente de cooperação global entre governos, organizações, empresas e população.
Segundo ele, lições aprendidas com a pandemia foram a importância da inovação nas áreas de educação, saúde, comércio eletrônico, teletrabalho, mobilidade e agricultura sustentável.
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