Com uma palestra sobre gerenciamento de emoções, gatilhos emocionais e saúde mental, a psicóloga especialista em direito do trabalho Adriana Falcão Loth encerrou ontem (19/10) o curso Administração da Justiça no novo contexto – trabalho em equipe. Promovido pela Escola da Magistratura (Emagis) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o curso teve seis módulos e diversas oficinas de trabalho.
A abertura do último ciclo foi realizada pelo diretor da Emagis, desembargador federal Márcio Antônio Rocha, enquanto a mediação ficou a cargo do desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira e da juíza federal Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva.
Conhecer as próprias emoções
Adriana Falcão Loth, que é doutoranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), frisou que todo trabalho bem feito é um resultado de uma equipe. “Não acredito em um bom trabalho que tenha sido feito sozinho. É no contato interpessoal que as coisas acontecem, e se relacionar é uma ciência que requer estudo”, disse, ao introduzir o conceito de inteligência emocional. “Os grandes executivos, há muito, já entenderam que precisamos desenvolver a inteligência emocional, e isso está chegando também na gestão pública. Precisamos investir nos relacionamentos se queremos resultados no nosso trabalho”, apontou.
A psicóloga, que trabalha na Companhia Águas de Joinville, também abordou o conceito de lócus de controle, que pode ser interno ou externo. O lócus é interno quando as pessoas compreendem que os resultados dependem do esforço pessoal, da competência individual, de boas decisões e escolhas. “Isso requer muita coragem porque, quando admitimos que precisamos mudar, isso dói e, por isso, usa-se muitas vezes o lócus externo (quando se atribui a culpa de maus resultados unicamente a fatores externos, ao outro). O pior é ser refém das situações. Bom mesmo é quando a pessoa é livre, assume as rédeas de sua vida”, enfatizou Adriana Loth.
A pesquisadora ainda lembrou a importância do autoconhecimento. Segundo Adriana Loth, devemos entender a diferença entre preferência e comportamento. “A preferência é a predisposição, enquanto o comportamento é aquilo que é observável, a ação. A partir do momento em que conheço minha preferência, posso melhorar meu comportamento”, disse.
Por fim, a psicóloga reforçou que a inteligência emocional é um conjunto de iniciativas: conhecer as próprias emoções, lidar com elas, ativá-las para que atuem a serviço do propósito individual, ter empatia e lidar com os relacionamentos interpessoais.
Palestras anteriores
As palestras anteriores abordaram o futuro emergente e a gestão do tempo, motivação a longo prazo, origem biológica da motivação, comunicação não violenta e gestão em situações extremas.
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