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Comunicação não violenta é tema de palestra durante curso sobre administração da Justiça

Comunicação não violenta é tema de palestra durante curso sobre administração da Justiça

08/10/2020 às 17h05 Atualizada em 08/10/2020 às 20h05
Por: Redação
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Comunicação não violenta é tema de palestra durante curso sobre administração da Justiça

Nesta quarta-feira (7/10), o curso Administração da Justiça no novo contexto – trabalho em equipe, promovido pela Escola da Magistratura (Emagis) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), discutiu o tema da comunicação não violenta. Destinada a magistrados e servidores, a palestra ficou a cargo do professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco, Marcelo Pelizzoli. O encontro ocorreu totalmente online.

A coordenação científica do curso é das desembargadoras federais Salise Monteiro Sanchotene e Taís Schilling Ferraz, que realizaram a abertura e o encerramento do evento.

A importância do contexto

O doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Marcelo Pelizzoli lembrou que tudo aquilo que uma pessoa manifesta é um texto, que sempre precisa ser compreendido a partir de seu contexto. “Às vezes, um texto que a gente acha que é para atacar, é, na verdade, para se defender. O importante é sempre entender qual o contexto das falas das pessoas”, disse. Para Pelizzoli, que tem pós-doutorado em Bioética também pela PUCRS, apontou que a maioria dos conflitos tem um pré-texto. “A comunicação não é o que se fala, é um sistema de relações composto por uma condição emocional, energética, imagética, e também pelas palavras”, frisou.

Pelizzoli reforçou que os conflitos têm uma relação muito forte com o sentimento de perda de presença e, para evitá-los ou responder a eles de uma forma construtiva, é importante saber quais são as nossas intenções ao nos comunicarmos e analisar que tipos de decisões foram adotados para a manutenção ou o encerramento de relacionamentos, sejam eles pessoais, sejam profissionais. “Quem escuta não é a cabeça, é uma dimensão corpórea, sensorial. Você começa a tomar consciência dos padrões de relação a partir dessa observação sobre si, mas é saudável também pedir feedbacks aos outros”, argumentou.

 

Fonte: TRF4
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