O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oficializou nesta quinta-feira (1º) parceria com nove agências de checagem para criação da "Coalizão para Checagem - Eleições 2020". Participam do projeto: AFP, Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão Verifica, Fato ou Fake e UOL Confere.
A rede de checagem de fatos e de fornecimento de informações sobre o processo eleitoral integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação com foco nas Eleições 2020.
Por meio da parceria, as agências, o TSE e integrantes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) estarão em contato permanente para identificar notícias falsas sobre as eleições e encontrar, da forma mais ágil possível, respostas verdadeiras e precisas.
As notícias checadas a partir desse grupo serão publicadas no site Fato ou Boato, no site da Justiça Eleitoral. Por meio de parceria firmada com as operadoras de telefonia e o Conexis Brasil Digital, todos os sites do domínio da Justiça Eleitoral têm o chamado "zero rating", ou seja, podem ser acessados sem cobrança ao pacote de dados do celular.
A plataforma também traz informações sobre o funcionamento da urna eletrônica e o processo eletrônico de votação e mais dados sobre checagem.
Durante a cerimônia de formalização da Coalizão para Checagem, o ministro Luís Roberto Barroso destacou o papel da imprensa e das agências de checagem para promover eleições limpas.
Segundo o ministro, a ideia é minimizar o impacto da desinformação sobre as campanhas eleitorais, sem interferir no conteúdo dessas manifestações, ou seja, "monitorar comportamentos provenientes de milícias digitais organizadas com financiamento privado e atuação concentrada para a difusão de mentiras e ataques".
Nesse sentido, o presidente lembrou que não existe um dono da verdade, mas "a mentira deliberada e campanha de ódio tem dono e a esses nós devemos combater".
De acordo com Barroso, é preciso inundar a sociedade com notícias verdadeiras e esse é um papel fundamental exercida pela imprensa profissional. Dessa forma será possível enfrentar as campanhas de desinformação, monitorar e eliminar os comportamentos inautênticos de robôs e perfis falsos. "O exercício da democracia depende da livre circulação de ideias, fatos e opiniões", finalizou.
Participaram da formalização do acordo:
Elodie Martinez, pela AFP;
Natália Leal, pela Agência Lupa;
Tai Nalon, pelo Aos Fatos;
Edgard Matsuki, do Boatos.org;
Sérgio Boeck, pelo Comprova; Marco Faustino, pelo E-Farsas; Daniel Bramatti, pelo Estadão Verifica; Thiago Reis, pelo Fato ou Fake; Alexandre Gimenez, pelo UOL Confere.
Cristina Tardaguila, da International Fact-Checking Network (IFCN), participou como observadora da coalização.
CM/LG
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