A partir desta semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a publicar uma série de reportagens sobre dez mitos acerca da urna eletrônica. A iniciativa tem o objetivo de informar os cidadãos e evitar que, assim como em 2018, sejam disseminadas na rede mundial de computadores notícias falsas sobre o sistema eletrônico de votação e o processo eleitoral.
Serão dez reportagens que abordarão os mitos sobre a urna eletrônica e as eleições que frequentemente são replicados de forma irresponsável na internet, principalmente no período eleitoral. As matérias serão veiculadas às terças e quintas-feiras no Portal do TSE, no canal do Tribunal no YouTube e nas redes sociais da Corte Eleitoral. A primeira reportagem será publicada nesta quinta-feira (1º).
Por meio das matérias, o cidadão terá a oportunidade de esclarecer diversas dúvidas sobre o projeto da urna; supostas vulnerabilidades do equipamento e fraudes; possibilidade de manipulação da tecnologia; auditagem e recontagem dos votos; e compartilhamento da tecnologia com outros países, entre outros temas.
O enfrentamento da desinformação está na agenda de prioridades do TSE, que tem realizado diversas reuniões com representantes da imprensa, das plataformas de checagem de informações falsas e de instituições ligadas ao tema para atuar de forma eficaz e organizada durante o processo eleitoral. Diversos debates, eventos on-line e campanhas têm sido realizados com a finalidade de conscientizar os cidadãos sobre o tema.
Foi criado, inclusive, um Núcleo de Combate à Desinformação no Ambiente Digital do TSE, que terá o comando do jornalista Thiago Rondon. Ele terá a missão de coordenar as atividades da Corte relativas ao tema junto com imprensa, grandes plataformas digitais, agências de checagem e com a área digital do próprio TSE.
"Um dos nossos principais objetivos é fornecer informações precisas e de qualidade para os eleitores sobre nosso processo eleitoral no ambiente digital para o pleito de 2020. Contaremos com parcerias da sociedade civil, startups, plataformas digitais e voluntários nessa missão", explica o coordenador do Núcleo.
Campanha
Neste mês, o Tribunal estreou uma nova campanha com a mensagem "Se for fake news, não transmita". A finalidade é abordar a disseminação de notícias falsas no dia a dia da sociedade, com ênfase no impacto negativo desse fenômeno nos processos democrático e eleitoral brasileiros, bem como na vida dos cidadãos.
Para dar amplitude à mensagem, o TSE contou com a parceria do biólogo Atila Iamarino, youtuber e divulgador científico que tem atuado contra notícias falsas durante a pandemia de Covid-19.
Candidato x fake news
Nestas eleições, o enfrentamento do tema ganhou mais força. Pela primeira vez, o assunto fake news passou a integrar uma Resolução do TSE, a nº 23.610/2019. A norma impõe a candidatos e a partidos que chequem a veracidade da informação utilizada na propaganda eleitoral antes de divulgá-la.
A medida, que tem o objetivo de evitar a disseminação da desinformação durante o processo eleitoral, também prevê o direito de resposta à vítima, sem prejuízo de eventual responsabilização penal do autor da informação inverídica.
A inovação na lei e a atuação do Judiciário, no entanto, não são suficientes para controlar o fenômeno da desinformação. O entendimento é ratificado pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que destacou em seu discurso de posse - e vem reafirmando em entrevistas - que os principais atores no enfrentamento das fake news serão, em conjunto, as mídias sociais, os veículos de imprensa e a própria sociedade, a quem o ministro sempre convoca a atuar no ambiente virtual com "responsabilidade e empatia".
Fato ou Boato?
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