Os deputados estaduais Cobra Repórter (PSD) e Cantora Mara Lima (PSC) apresentaram, nesta segunda-feira (21), um requerimento na Assembleia Legislativa do Paraná sugerindo a inserção de indicadores sobre violências contra as mulheres no site da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) e dados de ocorrências nos anos de 2019 e 2020 (até o mês de agosto) no Paraná. O requerimento foi endereçado ao secretário, Romulo Marinho Soares.
“Este pedido chegou até nós através do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. A solicitação é da criação, no site da Sesp, de um espaço específico para estatísticas sobre o tema Violência Contra as Mulheres. A administração pública detém de recursos tecnológicos suficientes para que os registros de ocorrências permitam o seccionamento de dados por sexo, cor, idade, município, etc., facilitando a observação científica do fenômeno da violência, a tomada de resoluções e a promoção de conscientização da população contra a violência à mulher”, justificou Cobra Repórter.
Vale destacar que os deputados Cobra Repórter e Mara Lima são os autores de um Projeto de Lei (PL) para instituir, em caráter permanente, a Força-Tarefa de Defesa dos Direitos da Mulher no Paraná. Estão entre os objetivos concentrar o apoio e a participação executiva de organismos de todos os Poderes do Estado, da sociedade civil organizada e empresas privadas para realização operacional de ações de resultado imediato e efetivo, de prevenção, combate e repressão aos crimes contra as mulheres.
Pedido semelhante havia sido feito em abril pela Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná. Na ocasião, a deputada Cristina Silvestri (CDN), procuradora da Mulher, solicitou a divulgação periódica – semanal ou quinzenal – dos números da violência doméstica durante o período de quarentena frente ao coronavírus. O pedido foi assinado pela procuradora da Mulher, deputada Cristina Silvestri (CDN), com o apoio de todas as integrantes da Bancada Feminina da Casa: deputadas Cantora Mara Lima (PSC), Mabel Canto (PSC), Maria Victoria (PP) e Luciana Rafagnin (PT).
A Procuradoria relembra, na época da apresentação do requerimento, que o único dado público que órgãos de enfrentamento tiveram acesso desde o início do período de isolamento foi referente ao primeiro final de semana de quarentena, através de dado repassado pela Polícia Militar à imprensa. Comparando o final de semana do dia 13 de março, o último antes da quarentena, e o final de semana do dia 21 de março, o primeiro após o isolamento, o aumento de registros foi de quase 15%. Após este período, entretanto, nenhum novo dado oficial público foi divulgado.