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Assembleia Legislativa vai homenagear Mandela

Assembleia Legislativa vai homenagear Mandela

15/07/2020 às 18h45 Atualizada em 15/07/2020 às 21h45
Por: Redação
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Assembleia Legislativa vai homenagear Mandela
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A Assembleia Legislativa do Paraná se une a uma ação global da Ubuntu Global Network, em homenagem a Nelson Mandela. No dia 18 de julho, aniversário do líder sul-africano, é também a data reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Dia Internacional Nelson Mandela.

Os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Goura (PDT), Luciana Rafagnin (PT), Anibelli Neto (MDB), Arilson Chiorato (PT), Boca Aberta Junior (PROS), Delegado Jacovós (PL), Michele Caputo (PSDB), Professor Lemos (PT), Tadeu Veneri (PT) e Requião Filho (MDB) apresentaram projeto de lei 444/2020 que denomina Ponte do Arco - Nelson Mandela a ponte localizada na Avenida Dom Pedro II, trecho da Estrada da Graciosa, em Quatro Barras.

“No Dia Internacional Nelson Mandela, diversas pontes ao redor do mundo serão batizadas com o nome deste humanista, defensor dos direitos humanos, promotor da reconciliação entre os povos, construtor de pontes. O Paraná também faz parte desta ação e desta homenagem, reconhecendo o trabalho e dedicação do líder sul-africano que lutou pela igualdade entre negros e brancos na África do Sul”, justifica Romanelli.

O deputado acrescenta que a homenagem se estende também aos engenheiros Rebouças e a todos aqueles que são vítimas de quaisquer preconceitos racial. “Homenageamos também todas as pessoas que são vítimas de preconceito racial e nos solidarizamos com todas elas. Porque todos somos iguais, e todos merecem o nosso respeito”.

Mabida — A história de luta de Nelson Mandela pela igualdade entre negros e brancos rendeu-lhe reconhecimento mundial. Tanto que a causa do líder sul-africano ganhou as telas de cinemas em todo o planeta.

Rolihlahla Mandela (1918-2013) nasceu entre o clã Madiba, na pequena aldeia de Mvezo. Foi renomeado Nelson na escola, segundo o costume de dar nomes ingleses aos alunos. Em 1939, ingressa em Fort Hare, primeira universidade do país a aceitar negros. Dois anos depois parte para Joanesburgo, iniciando o curso de Direito pela Universidade de Witwatersrand, onde se tornou advogado e fundou a Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano – movimento e partido político que defende os direitos da população negra.

Posteriormente, foi considerado um dos mais importantes líderes da resistência contra o apartheid, regime de segregação racial implantado na África do Sul a partir de 1948. Em 1955, ajuda a fundar o Congresso do Povo (ou Aliança do Congresso), uma organização suprapartidária que buscava unir todos os não brancos vitimados pelo racismo.

Romanelli conta que a instituição Congresso do Povo que Mandela ajudou a fundar foi a responsável pela redação de um documento fundamental na luta contra o apartheid, a Carta da Liberdade. “Além da igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, a Carta defende a reforma agrária, a melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda e a obrigatoriedade do ensino público, lutas pelas quais nós, parlamentares, também lutamos e defendemos para o povo paranaense”, explica.

Homenagem — A Ponte do Arco está localizada na Avenida Dom Pedro II, trecho da Estrada da Graciosa, distante 13 km do centro de Quatro Barras.

A ponte tem cerca de 20 metros e faz a travessia sobre o rio Taquari. É conhecida por conter concreto formando belos arcos, marco característico da ponte e uma rota turística do estado do Paraná.

O local encontra-se no início da área de preservação ambiental da Serra do Mar e atrai viajantes, cicloturistas, visitantes e adeptos das corridas e caminhadas, atraídos pela bela paisagem campestre e mata atlântica, com as exuberantes araucárias que integram a cultura local.

Prisão — Nelson Mandela passou 27 anos na prisão, de 5 de agosto de 1962 a 11 de fevereiro de 1990. Antes disso, foi preso diversas vezes, viveu por anos na clandestinidade e aderiu à luta armada (após o Massacre de Sharpeville, em 1960).

Ele ganhou a liberdade depois de uma longa e ampla campanha internacional. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. No ano seguinte, foi eleito presidente da África do Sul. Em seu governo foi criada a Comissão da Verdade e da Reconciliação, um novo hino nacional, uma nova bandeira e uma nova Constituição para todos os sul-africanos.

Madiba (nome de seu clã) ou Tata (que significa “Pai”), como Mandela é conhecido na África do Sul, morreu em Joanesburgo, em 5 de dezembro de 2013.

“Esta homenagem a Nelson Mandela, que nos dá também a oportunidade de ressaltar outra vez a importância dos engenheiros Rebouças para o estado, se presta não apenas a recordar o passado, como também nos faz lembrar que o racismo é ainda hoje, infelizmente, algo a ser combatido. Para que entre os povos se construam pontes, não muros”, disse Romanelli.

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