A Secretaria de Estado da Educação anunciou nesta quarta-feira (17) a criação do Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas Pós-pandemia. O objetivo é discutir um plano único e robusto de retorno das aulas presenciais no Paraná. É deste Comitê que sairá a data definitiva de retomada das atividades presenciais.
Farão parte do comitê representantes de todos os setores envolvidos na Educação e também da Secretaria de Estado da Saúde.
FUNÇÃO - O comitê terá dois grandes objetivos. O primeiro é estabelecer um plano robusto e unificado de retorno das aulas presenciais em todo o Estado. O segundo é que ele seja o canal oficial e confiável de informações sobre este retorno.
O diretor-geral da Secretaria da Educação, Gláucio Dias, explica que a intenção de iniciar a discussão ainda no momento crítico da pandemia é justamente evitar especulações e disponibilizar informações precisas para a população.
“Queremos trazer segurança para as famílias paranaenses e isso se faz com planejamento sério e informação”, destacou. “Este é o momento crítico da doença. Estamos acompanhando de perto o trabalho feito pela Secretaria da Saúde e só voltaremos quando pudermos garantir a segurança de todos, dos alunos, dos pais e mães e também dos professores e servidores da Educação”, completou o diretor-geral.
PLANO UNIFICADO - Segundo Dias, este Comitê vai traçar um plano unificado para todo o Estado, com rígidos protocolos sanitários que valerão para todos – escolas públicas e particulares.
“Antes de definirmos data, vamos definir como faremos a volta. Isso passa por questões como a gestão de pessoal, com a preocupação de não expor ninguém, em especial do grupo de risco, até a aquisição de insumos como termômetros, máscaras, álcool e produtos de limpeza”, resumiu. “Isso tudo envolve custo e logística, o que certamente estará dentro da pauta do comitê”, completou Dias.
POSSÍVEIS CENÁRIOS – A secretaria estadual da Educação estuda diferentes cenários para o retorno. A discussão foi levada, inclusive, ao Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) onde a questão é tratada a nível nacional.
Os principais cenários envolvem turmas menores, com distanciamento entre os estudantes. Neste caso, seria necessário mais espaço físico e um maior número de professores.
Um segundo modelo estudado é o de um retorno “híbrido”, onde as turmas revezariam as aulas presenciais e não presenciais. “Metade teria aula na escola, enquanto a outra metade acompanharia de casa, revezando dia sim, dia não”, explica o diretor-geral.
Há ainda preocupações com os protocolos que serão adotados na alimentação e no transporte, dois momentos de grande aglomeração entre os alunos.
“É uma discussão extremamente complexa, por isso o comitê com todos os envolvidos será essencial. Trabalharemos com antecedência de forma a garantir que, quando for a hora, teremos plena certeza que todos estarão protegidos”, finalizou Dias.