Nesta sexta-feira, 5 de junho, o mundo inteiro comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data busca conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Na esteira dessa preocupação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há mais de uma década, adota medidas que confirmam o seu compromisso com a sustentabilidade.
Entre as ações nesse sentido, está a adoção de um Plano de Logística Sustentável (PLS-JE), aprovado pela Resolução TSE nº 23.505/2016, com a finalidade de estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão de documentos dos órgãos da Justiça Eleitoral, bem como do corpo funcional e da força de trabalho auxiliar de cada instituição. As medidas também atendem à recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de adoção de práticas sustentáveis.
Energia solar
Desde 2017, o TSE passou a economizar 20% no consumo anual de energia elétrica com o uso da Usina Minigeradora Fotovoltaica do Tribunal, que se tornou o primeiro prédio do Poder Judiciário em Brasília a utilizar a geração de energia solar. A usina possui 3.080 módulos de 325 Wp de potência cada um, e gera, por ano, cerca de 1,5 milhão de kWh de energia.
As placas fotovoltaicas também apresentam um efeito climatizador, que, consequentemente, contribui para a redução no uso do ar-condicionado no edifício anexo do TSE - onde não há mais incidência direta do sol na laje do prédio -, o que diminui a temperatura ambiente, além de reduzir o consumo de energia elétrica.
A área de Engenharia do Tribunal, com o apoio da Secretaria de Administração (SAD), trabalha para a substituição gradativa das lâmpadas convencionais para a tecnologia LED. Essa ação permite a redução dos resíduos tóxicos e a diminuição dos gastos do conjunto arquitetônico do TSE.
Descarte de urnas
Além de realizar uma das eleições mais informatizadas do mundo, com segurança e apuração célere por meio da urna eletrônica, a Justiça Eleitoral também se preocupa com todas as etapas do descarte do equipamento. A vida útil da urna eletrônica é, em média, de 10 anos, e os modelos mais antigos passam por uma reciclagem para evitar danos ambientais.
Quando as urnas são substituídas, os modelos antigos são desmontados por uma empresa de reciclagem contratada pelo TSE mediante licitação. A empresa se compromete a desmontar, separar e triturar todo o material do início ao fim, seguindo regras firmadas em contrato, que definem, inclusive, o tamanho dos pedaços de cada parte a ser triturada.
A exigência é de, pelo menos, 95% de reciclagem, mas já foi possível atingir até 98%. Ainda assim, para 100% do material, é exigida a destinação ecologicamente correta. O que não pode ser reciclado - que envolve, no máximo, 5% do total - vai para aterros sanitários apropriados para cada tipo de material.
Cabos de energia que ligam o terminal do eleitor ao terminal do mesário, por exemplo, já viraram sola de sapato após o processo de reciclagem. Feitos de borracha misturada com plástico, os cabos, depois de moídos, passam por um processo de decantação para separar os dois materiais.
A borracha, que em geral fica na superfície, seria destinada a um aterro sanitário adequado. Entretanto, esse material foi doado a uma cooperativa em Goiânia (GO), que conseguiu utilizá-lo na fabricação de sandálias femininas e reverteu o valor das vendas em renda para seus cooperados.
Já as espumas plásticas que compõem parte da embalagem da urna viram enchimento para pufes, também produzidos e vendidos por cooperativas. Em descartes anteriores, o plástico do terminal do eleitor e do terminal do mesário virou carenagem de moto (cobertura que protege o motor).
Outras medidas
Os elevadores do edifício-sede do TSE, por exemplo, são dotados de tecnologia inteligente para operar visando redução de energia. Se um dos equipamentos já estiver programado para parar num andar, nenhum outro executa o mesmo procedimento.
O sistema a vácuo adotado nos banheiros pelo TSE consome apenas 1,2 litro de água por descarga. Já no sistema convencional, o número a cada acionamento é de até 20 litros. Essas ações proporcionam ao Tribunal grande economia no consumo de água, com redução no custo final da conta.
O Tribunal também tem o compromisso com cinco cooperativas para a realização da coleta seletiva de materiais recicláveis. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a medida auxilia os cooperados no complemento de suas rendas com a reciclagem de materiais que, em outra época, iam para o lixo comum.
Por fim, as copas que atendem a cada um dos andares do TSE separam a borra do café produzido diariamente para que sejam utilizadas em compostagem, que gera adubo para o plantio de ervas da horta orgânica. Já as ervas são utilizadas para fazer o chá, que, frequentemente, é oferecido a todos os que trabalham no Tribunal.
CM/LC, DM