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Deputado questiona negócios da Copel e defende função social da empresa

Deputado questiona negócios da Copel e defende função social da empresa

26/05/2020 às 20h15 Atualizada em 26/05/2020 às 23h15
Por: Redação
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Deputado questiona negócios da Copel e defende função social da empresa
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Depois de denunciar o esquema de privatização da Copel Telecom e a perda do controle acionário da maior usina da Copel Geração, o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) questionou mais uma transação da maior empresa do Paraná. Na sessão remota desta terça-feira (26) da Assembleia Legislativa do Paraná, o parlamentar levantou suspeitas sobre a aquisição da parte minoritária de uma empresa do grupo Intertechne Participações em Bandeirantes e voltou a defender a função social da Copel. 

“Chama muito a atenção uma empresa como a Copel comprar um pedaço de uma empresa minúscula, sem divulgar o fato relevante, sem divulgar os valores”, afirmou o Soldado Fruet. “Estou pesquisando sobre isso, sobre o grupo, sobre os sócios, sobre os sobrenomes envolvidos, porque no Linkedin e em sites da internet verifica-se que um dos diretores da Intertechne possui o mesmo sobrenome de um dos diretores da Copel Geração e não é um sobrenome comum. Espero sinceramente que seja apenas uma coincidência”, comentou.

De acordo com o parlamentar, esta compra causou estranheza, já que, por exemplo, o compromisso assumido pela Copel em vender sua participação majoritária na Sociedade de Propósito Específico (SPE) da usina de Foz do Areia consta de documentos no site da Copel, no link Investidores. “Quando vencerem as concessões de todas as usinas, a Copel Holding terá 49% das ações da Copel Geração e Transmissão e o controle acionário estará nas mãos de grandes investidores”, projetou. “Ótimo negócio para os bilionários, que lucrarão outros bilhões; péssimo negócio para o povo do Paraná, que verá sua empresa modelo sendo desfeita pedaço a pedaço. Nossa Copel está, sim, à venda, aos poucos, mas à venda”, resumiu o Soldado Fruet.  

Telecom - No caso da Copel Telecom, o deputado lembrou que “antes de ser apenas um negócio, possui uma função social”. “Qual empresa teria interesse em levar internet com a qualidade da Copel a pequenas cidades como Flórida? Os senhores acreditam que a Oi, a Tim ou a Vivo teriam interesse em atender 331 famílias em Florida?”, exemplificou. O líder do PROS citou ainda que 2,2 mil escolas, hospitais e prédios públicos utilizam a Copel Telecom para acesso à internet, como Detran, Celepar e Polícia Militar. E que a qualidade do serviço para os clientes corporativos é reconhecida nacionalmente e internacionalmente, tanto que o Exército contratou a empresa em todo o Estado e o Paraguai tentou expandir sua atuação além fronteira.

“Ora, se grandes empresas, grandes órgãos públicos, o próprio Estado e até outro país reconhecem a qualidade da Telecom, por que vendê-la? Para onde irá o recurso arrecadado? Será usado em investimentos importantes ou para comprar outras participações minoritárias como em Bandeirantes?”, indagou o deputado. Mesmo sem uma lei que impeça a venda de subsidiárias, como a PEC que sugeriu no ano passado, o Soldado Fruet disse que “nós deputados, como representantes do povo, podemos forçar o governo, como acionista majoritário, a rever essa venda. Depois de concretizada, não adianta chorar”, concluiu.

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