Pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) utilizou uma urna eletrônica itinerante para fazer a eleição de seu próximo presidente. Durante a sessão administrativa desta quinta-feira (16), realizada por meio de videoconferência, o resultado da votação foi divulgado, revelando a escolha do ministro Luís Roberto Barroso para comandar o Tribunal pelos próximos dois anos. O ministro Luiz Edson Fachin foi eleito vice-presidente da Corte.
Para garantir o êxito da votação, uma urna eletrônica itinerante foi levada, nesta quarta-feira (15), a cada um dos integrantes da Corte para que digitassem seu voto. A medida inédita, adotada em conformidade com a Resolução TSE nº 23.615/2020 - que estabeleceu o regime de plantão extraordinário na Corte - e a Resolução Administrativa TSE nº 2/2020 - que permitiu o uso de videoconferência nas sessões do Tribunal -, foi mais uma das ações do TSE para evitar a propagação do contágio pelo novo coronavírus.
A Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal providenciou a adaptação de um software utilizado em eleições comunitárias, que foi configurado para a eleição dos novos dirigentes da Corte Eleitoral.
Conforme estabelece a Constituição Federal, o TSE deve ser presidido pelos ministros efetivos da Corte Eleitoral oriundos do Supremo Tribunal Federal (STF). Diante disso, a urna foi configurada com o perfil de dois candidatos: Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin.
O nome do ministro Barroso correspondia ao número 10 na urna, e o do ministro Fachin correspondia ao número 11. Os ministros votaram durante esta quarta (15), e o resultado foi divulgado na manhã de hoje (16), com a impressão do Boletim de Urna. A verificação do resultado foi comandada pelo ministro Luis Felipe Salomão, que exerceu o papel de escrutinador.
Todos os cuidados foram tomados para a proteção da saúde dos envolvidos - ministros e servidores do TSE -, com a disponibilização de máscaras, luvas descartáveis e álcool gel. A higienização de toda a estrutura da urna, incluindo suas teclas, também foi observada. Além disso, cada ministro pôde indicar à equipe técnica do TSE o local mais adequado para o posicionamento da urna.
CM/LC, DM
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