A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu nesta semana uma capacitação voltada a profissionais de saúde de 22 municípios da 19ª Regional de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, com foco na atenção e vigilância dos acidentes causados por animais peçonhentos, dentre eles serpentes, escorpiões, aranhas, lagartas e abelhas. O curso de aperfeiçoamento contou com 312 pessoas.
Participaram médicos, enfermeiros e técnicos de imunização da Atenção Primária e dos serviços de urgência e emergência da região, que receberam capacitação específica para o manejo clínico adequado desses acidentes, reforçando a importância da conduta imediata e precisa no atendimento aos pacientes.
O treinamento foi realizado em duas etapas, contemplando conteúdos teóricos e práticos. Foram apresentados aspectos epidemiológicos locais associados à identificação de espécies de animais presentes na região. Além disso, houve atividade de campo com busca ativa de escorpiões, permitindo que os técnicos municipais aplicassem o conhecimento adquirido junto às equipes estaduais. Essa prática é fundamental para o controle populacional e para o mapeamento das espécies existentes.
A programação também incluiu aulas laboratoriais para identificação das principais espécies de animais peçonhentos relacionadas à saúde pública. A correta identificação desses animais possibilita ações de prevenção mais eficazes e fortalece a atuação dos profissionais nas atividades de vigilância e controle, garantindo maior segurança à população.
“Capacitar nossas equipes é fundamental para garantir um atendimento de qualidade à população. Ao unir conhecimento teórico, prática em campo e apoio especializado, como o do CIATox Londrina, fortalecemos a rede de saúde e damos mais segurança aos profissionais e aos pacientes em todo o Paraná”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A capacitação dos profissionais da Atenção em Saúde contou com a parceria do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox) de Londrina, referência no atendimento e apoio às unidades de saúde por meio da teleconsultoria. O coordenador do CIATox, Camilo Molino Guindoni, compartilhou sua experiência no manejo de acidentes envolvendo animais peçonhentos, com ênfase na condução clínica e no uso oportuno da soroterapia.
“A identificação rápida e o manejo adequado em casos de acidentes com animais peçonhentos podem salvar vidas. É fundamental que a equipe da saúde esteja bem preparada para agir com rapidez e precisão, minimizando os riscos à população”, explicou o coordenador.