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Juízes belgas ficarão detidos para ver como funciona prisão

De forma voluntária, 55 magistrados permanecerão encarcerados por dois dias em uma prisão perto de Bruxelas. Para ministério da Justiça, experiência pode ajudar a "pronunciar sentenças com pleno conhecimento dos fatos".

17/09/2022 às 11h56
Por: Redação Fonte: Deutsche Welle
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Reprodução
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Voluntariamente, 55 magistrados belgas ficarão detidos neste fim de semana em uma prisão na região de Bruxelas para ver de perto como é a vida dos presos, anunciou neste sábado (17/09) o ministro da Justiça da Bélgica, Vincent Van Quickenborne.

"Os magistrados sabem como as coisas são feitas numa prisão, mas experimentá-las por si mesmos pode ajudá-los a pronunciar sentenças com pleno conhecimento dos fatos", disse Van Quickenborne, citado em comunicado.

Os magistrados chegaram na manhã deste sábado à prisão de Haren, uma nova instalação com capacidade para 1.190 reclusos que deverá abrir no dia 30 de setembro. Eles serão tratados como verdadeiros detidos até o final de domingo, explicou um porta-voz da administração prisional à agência de notícias AFP.

Sem celulares, mas com visitas

Entre os participantes estão juízes criminais, juízes de instrução e procuradores, entre outros. Eles seguirão as ordens e instruções do pessoal da prisão. O objetivo é tornar o encarceramento o mais realista possível", diz o comunicado.

"Não poderão usar celulares, mas terão a oportunidade de receber visitas de familiares, tal como os verdadeiros detidos. Os magistrados seguem o horário diário normal dos detidos, comem as mesmas refeições e têm as mesmas atividades obrigatórias. Farão, entre outras tarefas, serviço de empregados na cozinha e de lavandaria. Às 22h as luzes são apagadas", disse o ministério.

Se tiverem "dificuldades em suportar esta permanência na prisão", eles têm a possibilidade de interromper a experiência a qualquer momento.

"Esta imersão oferece aos magistrados que ditam as condenações a prisão a oportunidade de experimentar o que significa a privação de liberdade", disse Rudy Van de Voorde, diretor-geral dos Estabelecimentos Penitenciários, também citado no comunicado.

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