Traduzido por Julio Batista
Original de AFP para o ScienceAlert
Os pesquisadores compararam o material genético das tartarugas que vivem atualmente em San Cristóbal com ossos e cascos coletados em 1906 de uma caverna nas terras altas da ilha e descobriram que eles eram diferentes. Os exploradores do século XX nunca chegaram às planícies a nordeste da ilha, onde os animais vivem hoje e, como resultado, quase 8.000 tartarugas correspondem a uma linhagem diferente do que se pensava anteriormente.
“A espécie de tartaruga gigante que habita a ilha de San Cristóbal, até agora conhecida cientificamente como Chelonoidis chathamensis, corresponde geneticamente a uma espécie diferente”, disse o ministério na quinta-feira no Twitter.
A Galápagos Conservancy disse em um boletim informativo que a espécie C. chathamensis está “quase certamente extinta” e que a ilha de fato abrigou duas variedades diferentes de tartarugas, uma vivendo nas terras altas e outra nas planícies. Localizadas no Pacífico a cerca de 1.000 quilômetros da costa do Equador, as Ilhas Galápagos são uma área protegida de vida selvagem e lar de espécies únicas de flora e fauna.
O arquipélago ficou famoso pelas observações do geólogo e naturalista britânico Charles Darwin sobre a evolução das espécies lá.
Havia originalmente 15 espécies de tartarugas gigantes nas ilhas, três das quais foram extintas séculos atrás, de acordo com o Parque Nacional de Galápagos. Em 2019, um espécime de Chelonoidis phantastica foi encontrado na Ilha Fernandina mais de 100 anos após a espécie ser considerada extinta.
O estudo de pesquisadores da Universidade de Newcastle na Grã-Bretanha, de Yale nos Estados Unidos, da ONG estadunidense Galápagos Conservancy e de outras instituições foi publicado na revista científica Heredity.
Eles continuarão a recuperar mais DNA dos ossos e cascos para determinar se as tartarugas que vivem em San Cristóbal, que tem 557 quilômetros de área, devem receber um novo nome.
© Agence France-Presse
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