A 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou a condenação de um paranaense de Campo Magro por armazenar e disponibilizar imagens com conteúdo pornográfico infantojuvenil na Internet. O homem, de 26 anos, inscreveu-se num fórum criado por agentes policiais para investigar redes de pedofilia e foi flagrado.
Após ser condenado em setembro de 2017, o réu apelou ao tribunal. A defesa alegava que ele era menor de idade à época dos fatos - as investigações teriam sido realizadas entre fevereiro de 2011 e junho de 2013 – e que não teria ficado comprovado que os equipamentos de informática pertenciam a ele.
Conforme a relatora do caso, desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani, no primeiro registro de vídeo feito pela polícia, o réu já teria completado 18 anos e a autoria teria ficado comprovada.
Segundo informações constantes nos autos, foram encontrados 70 vídeos e 221 imagens com o conteúdo ilícito. “Comprovado que o acusado - com mais de uma ação e em momentos distintos -, não só disponibilizou arquivos de pornografia infantil, como também armazenou material com essa temática em diversos dispositivos”, afirmou a magistrada.
“A personalidade do réu mostra-se desvirtuada e voltada em especial em detrimento da integridade sexual na infância e adolescência, principalmente pelo extenso período em que permaneceu armazenando e divulgando esse material”, concluiu Cláudia.
Ele foi condenado a 6 anos e 2 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, e 272 dias-multa no valor de 1/30 salário mínimo cada dia.