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Ministro da Saúde pede ao Congresso recursos para tratar complicações pós-Covid

Deputados cobraram respostas sobre a compra da Covaxin e pediram melhor distribuição das doses entre os estados

14/07/2021 às 17h50
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Queiroga (no telão) disse que o orçamento da Saúde é o maior dos últimos anos - (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Queiroga (no telão) disse que o orçamento da Saúde é o maior dos últimos anos - (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O ministro Marcelo Queiroga pediu apoio aos integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara nesta quarta-feira (14) para garantir recursos orçamentários em 2022 para o enfrentamento das consequências da pandemia do novo coronavírus.

Segundo ele, o Orçamento do Ministério da Saúde em 2021 é o maior dos últimos anos (R$ 169 bilhões). Queiroga afirmou que, apesar da emenda constitucional que limita o teto de gastos, a área da Saúde foi preservada neste ano.

Apesar disso, o ministro afirmou que os recursos ainda são insuficientes, lembrando que não há, para 2021, verbas para investimentos em ações do Ministério da Saúde. Ele se preocupa com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento de pacientes com sequelas da Covid-19 daqui para a frente.

“Os problemas pós-Covid afetam os indivíduos que têm sua condição de saúde preservada e afetam indivíduos com comorbidades, como doenças cardiovasculares e câncer, entre outras. Há ainda consequências graves de indivíduos que se recuperaram de intubações”, explicou Queiroga.

Números da Covid
Marcelo Queiroga comemorou a redução da média móvel de casos e mortes por Covid, a distribuição de 147 milhões de doses de vacinas e a média alcançada, em junho, de 1 milhão de vacinas aplicadas por dia. Ele lembrou que há 600 milhões de doses contratadas e reiterou a expectativa de que, até o final do ano, toda a população maior de 18 anos esteja vacinada.

O titular da pasta da Saúde também destacou as negociações para a antecipação da entrega de vacinas por parte das farmacêuticas e anunciou que, entre julho e agosto, o País vai receber 100 milhões de doses. Na audiência pública, os parlamentares questionaram as suspeitas de irregularidades no contrato com a vacina indiana Covaxin e a quantidade de doses acertadas por meio do consórcio Covax Facility.

Distribuição das vacinas
O deputado Jorge Solla (PT-BA) cobrou uma melhor distribuição das doses entre os estados, de acordo com critérios demográficos. “Nós temos estados que receberam doses suficientes para vacinar 53% num extremo e, no outro extremo, estados que já receberam doses suficientes para vacinar 82,6% ou até mesmo 101%. Rondônia e Tocantins já receberam vacinas suficientes para toda a população”, observou.

O ministro da Saúde informou que essa logística é definida em negociações entre União, estados e municípios. Ele aproveitou para pedir que os parâmetros do Programa Nacional de Imunização (PNI) sejam levados em conta para decisões como a inclusão de novos grupos prioritários na vacinação.

Teixeira Jr. defendeu a antecipação da segunda dose das vacinas
Teixeira Jr. defendeu a antecipação da segunda dose das vacinas - (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Segunda dose
O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), sugeriu a antecipação do prazo para a segunda dose de alguns imunizantes que já estejam disponíveis.

O ministro Marcelo Queiroga, no entanto, colocou em dúvida a eficiência desta medida. “Não há evidência de que, se encurtar o espaço entre doses, vai prover mais eficácia no combate a eventuais variantes do vírus. Não há um consenso na ciência a respeito disso. Pelo contrário, o que eu tenho visto são os pesquisadores da vacina Astrazeneca dizerem que o espaçamento garante mais eficácia dessas vacinas”, disse Queiroga.

Durante a audiência, Queiroga também anunciou uma estratégia de testagem para detectar o novo coronavírus em indivíduos assintomáticos. O sistema está em fase de finalização e deve atingir 20 milhões de pessoas por mês, utilizando locais como estações de metrô e terminais rodoviários.

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