Parlamentares destacaram nesta quinta-feira (8) a mobilização da bancada feminina em defesa da vacinação prioritária de gestantes, puérperas e lactantes contra a Covid-19 (Projeto de Lei 2112/21), que agora segue para a sanção presidencial.
Deputadas distribuíram camisetas e adesivos em defesa da proposta, cuja votação foi acompanhada de perto por mulheres que atuaram em defesa da vacinação prioritária.
A deputada Soraya Santos (PL-RJ) enalteceu a mobilização da sociedade civil para a garantia da vacinação ao grupo. “O movimento de mães e lactantes uniu o País pelo direito urgente de se vacinar as mães lactantes, em defesa da vida”, afirmou.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) lembrou que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados já acionou o Ministério da Saúde em prol da imunização prioritária das gestantes e lactantes. “Isso é um avanço. Quando protegemos uma mãe gestante e uma mãe que está amamentando, nós estamos protegendo duas vidas”, comentou.
Zanotto lamentou que a Câmara tenha que se mobilizar para a criação de novas prioridades diante da realidade de escassez de vacinas. “Se tivéssemos doses suficientes para imunizarmos toda a população brasileira, não haveria necessidade de estarmos aqui no Parlamento definindo prioridades”, disse.
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) também criticou a necessidade de ação do Parlamento para priorizar um grupo tão importante, que naturalmente já deveria estar incluído.
A alta taxa de mortalidade entre grávidas no Brasil foi lembrada pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) e pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Estudos mostram que a taxa de mortalidade [nesse grupo] é mais que o dobro da média da população”, afirmou Feghali. A proposta aprovada hoje pelo Plenário, segundo ela, veio para suprir uma lacuna do Plano Nacional de Imunização do governo federal. “Votaremos e esperamos que não haja veto a essa medida”, apontou.
O deputado Bibo Nunes (PSL-RS), por sua vez, afirmou que o Brasil é “um exemplo de vacinação contra a Covid-19”. “Lactantes e gestantes têm de ser vacinadas o quanto antes. Além do bem-estar da mãe, pela segurança do filho que está por nascer”, disse.
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