Pela terceira vez em dois meses, milhares de manifestantes saíram de casa para protestar contra o governo Jair Bolsonaro. O movimento deste sábado (3) ganhou força na medida em que a CPI da Covid no Senado avança com as investigações em contratos de vacina anticovid e após partidos de oposição e entidades civis protococarem o "superpedido" de impeachment do presidente. O movimento tem apoio de partidos de oposição ao governo, como PT, PDT, PCdoB, PSOL e PCB. Centrais sindicais também estão presentes, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A manifestação estava marcada para 24 de julho, mas foi antecipada por conta das denúncias de corrupção na compra de vacinas.
O ato no Rio de Janeiro foi encerrado em frente à igreja da Candelária, região central. Os organizadores estimaram 70 mil pessoas no auge do protesto, o mesmo público da manifestação de 19 de junho. A Polícia Militar não faz estimativas de público em manifestações.
Em Belo Horizonte (MG), a manifestação começou na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul. Um boneco inflável de 13 metros, com uma caricatura do presidente Jair Bolsonaro foi levado para o local. Os manifestantes também levaram cartazes e faixas com palavras de ordem contra o governo federal e questionaram ações tomadas pela gestão Bolsonaro no combate à pandemia
Na capital paranaense Curitiba, o protesto também houve protesto. Em geral, os manifestantes pediram mais vacinas e a saída de Bolsonaro do poder. Não houve registro de violência durante o ato.
Em Recife (PE), o protesto aconteceu na região central da cidade e foi organizado por estudantes e sindicatos. Entre os pedidos dos manifestantes, mais testes contra a covid-19 e imunizantes.
Na cidade de Teresina (PI), a caminhada no centro da cidade também teve como tônica mais vacinas e a o impeachment de Bolsonaro. O ato teve início na Praça Rio Brando, de onde os manifestantes saíram por ruas e avenidas até a concentração final na Praça da Liberdade, ao lado da Igreja São Benedito.