O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), promoveu, durante dois dias, em Palmas (TO), uma oficina de capacitação em Legislação Sanitária, Políticas Públicas e Boas Práticas de Produção e Manejo de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
A iniciativa, realizada com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reuniu agricultores familiares e técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), entre os dias 28 e 29 de novembro.
A ação integra o Projeto "Articulação e Governança para a Promoção de Cadeias de Valor em Plantas Medicinais e Fitoterápicos: A Saúde como Setor Estratégico para o Desenvolvimento Local". Por meio de oficinas de capacitação, a ideia é promover a saúde e a inclusão produtiva, a partir do fortalecimento da gestão da base produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, com enfoque na agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, povos indígenas e assentados da reforma agrária.
Entre as espécies de plantas medicinais analisadas estão a sucupira, a macaúba, a hortelã e a babosa. Estas cadeias foram mapeadas na primeira fase do projeto, para definição do Plano de Ação Estratégica.
Agricultora familiar do município de Marianópolis, localizado a 180 quilômetros de Palmas, Zilmar Cunha conta que, além de abrir novos horizontes, a oficina levou otimismo para sua comunidade. "Esperamos que com esse projeto a gente consiga realizar o nosso sonho, que é ver essas cadeias produtivas funcionando. Que a gente produza a nossa babosa e a nossa hortelã, e possa vender em uma farmácia viva ou para o mercado e melhorar a nossa renda".
A presidente da Associação dos Micro Agroindustriais de Palmas (Agrop), Aurilene de Sousa, afirmou que pretende multiplicar as boas práticas entre os agricultores. "Aprendemos bastante sobre essa modalidade das plantas medicinais e da farmácia viva. Observamos o grande potencial desse setor e vamos levar para a nossa comunidade muitas informações importantes".
Para a articuladora da área de plantas medicinais da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins, Marta Barbosa, as atividades significaram uma oportunidade para ampliar os conhecimentos acerca das novas ações do governo federal. "Os agricultores, as assessorias técnicas e as instituições do estado puderam conhecer melhor as novas políticas públicas que foram apresentadas e pensar em como daqui para frente nós vamos estar nos organizando para implementar esses projetos aqui no estado".
As oficinas de capacitação se inserem no "Eixo II - Ervas Medicinais, Aromáticas, Condimentares, Azeites e Chás Especiais do Brasil", do programa Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade. Lançado este ano pelo Mapa, o programa busca fortalecer as cadeias produtivas que usam os recursos naturais de forma sustentável, gerando renda para pequenos e médios agricultores e para comunidades tradicionais.
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