Começa nesta segunda-feira (14), a partir das 9h, a primeira reunião do Fórum da Geração Ecológica, promovido pela Comissão do Meio Ambiente do Senado (CMA). A iniciativa é do presidente desse colegiado, senador Jaques Wagner (PT-BA).
O fórum deverá contar com a participação de aproximadamente 50 especialistas e representantes de entidades e associações científicas, que serão divididos em grupos temáticos de trabalho — esses grupos vão iniciar seus trabalhos em julho. A expectativa é que isso resulte na apresentação de um Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável para o país.
“Um plano que possa não só recuperar o prestígio brasileiro no tema na arena internacional, mas também reafirmar a liderança do país geopoliticamente. Um plano que possa abrir novos postos de trabalho, trazendo bem estar aos cidadãos ao mesmo tempo em que a biodiversidade dos biomas brasileiros sejam protegidas”, afirma Jaques Wagner.
Serão abordados temas como transição energética, bioeconomia, agricultura e cidades sustentáveis, descarbonização, instrumentalização legal, financiamentos e gestão ambiental para transição ecológica, entre outros. Está previsto, para a realização do fórum, o apoio técnico-científico da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Na reunião desta segunda-feira (veja aqui a lista de convidados), o objetivo é apresentar a metodologia proposta para os trabalhos e estabelecer os temas de concentração dos grupos de trabalho.
Jaques Wagner ressaltou que "o Brasil ainda marca recordes atrás de recordes com a destruição ambiental". De acordo com as medições do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia em março e abril de 2021 tiveram as maiores taxas dos últimos seis anos — desde o início da série histórica registrada por essa instituição.
“Continua ainda, o avanço dos conflitos no campo, como por exemplo, os recentes ataques de grileiros ao povo indígena Yanomami. O cenário se agrava ainda com a pressão internacional sobre o Brasil para coordenar esforços internos de enfrentamento à crise climática, rumo ao acordado em Paris em 2015”, destaca o presidente da CMA.
Ana Lídia Araújo sob a supervisão de Patrícia Oliveira.