Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apelou à população que cobrem das autoridades uma "postura mais pacífica e de união no enfrentamento da pandemia".
Segundo ele, alguns têm promovido um clima de "cabo de guerra" para antecipar o debate político-eleitoral que deveria ocorrer somente no próximo ano, quando haverá eleições presidenciais. Isso, a seu ver, ficaria evidente diante do pedido de criação da CPI da covid com foco de apuração apenas nas ações do Executivo federal.
Para Girão, não é justo investigar apenas o governo federal, quando os estados e municípios receberam bilhões de reais dos cofres da União para enfrentar a pandemia.
— Então, é muito importante, que essa CPI, se quiser fazer uma coisa justa e independente, que seja uma CPI que investigue fatos determinados — e tem aos montes, eu relacionei no meu pedido — com relação a estados, municípios e a União. Aí sim, aí a gente vai ter a verdade. Mas pegar apenas uma faceta, como querem fazer apenas da União, aí o objetivo é enfraquecer o governo, o objetivo é fazer com que a campanha política de 2022 seja antecipada para agora. E isso é uma covardia com o povo brasileiro, isso não é correto — declarou Girão.
O senador também defendeu o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que a seu ver teria sido atacado por razões políticas. Para Girão, o ex-chanceler sofreu "uma pressão absurda, uma humilhação pública e um espancamento moral" na audiência realizada no Senado para discutir o papel do Itamaraty no enfrentamento da pandemia de covid-19. No entendimento do senador, que criticou chanceleres de governos anteriores, Araújo foi atacado por ter uma visão de mundo distinta.