Joe Biden, presidente dos EUA, apresentou na quinta-feira (21), em comentários sobre economia, uma perspectiva sombria, ao afirmar que os EUA estão enfrentando atualmente obstáculos econômicos incomuns que exigirão uma intervenção federal durante os próximos meses.
"Continuamos em uma crise de saúde pública […] que tem levado à mais desigual crise econômica e de emprego da história moderna. E a crise está apenas se aprofundando", observou.
O chefe do Executivo sublinhou que é necessário que o Congresso analise seu projeto de lei de ajuda humanitária contra a COVID-19, de US$ 1,9 trilhão (R$ 9,87 trilhões), que inclui pagamentos de ajuda direta aos norte-americanos, fundos para o esforço da administração em vacinar 100 milhões de cidadãos dos EUA e a reabertura das escolas dentro dos primeiros 100 dias da presidência.
Na sexta-feira (22), Biden assinou duas ordens executivas, uma das quais procura aumentar a ajuda alimentar e ajudar os cidadãos norte-americanos desempregados, enquanto a outra cria as bases para que trabalhadores e empreiteiros federais recebam um salário mínimo de US$ 15 (R$ 82) por hora.
Na quinta-feira (21), o Departamento do Trabalho dos EUA registrou 900.000 pedidos de desemprego durante a semana entre 10 de janeiro e o último sábado (16). Mark Zandi, economista-chefe da empresa financeira Moody's Analytics, anunciou em declarações ao canal Fox Business que esse número estaria em torno de 200.000 em uma "economia típica".
A ainda alta taxa de desemprego vem em meio ao crescimento constante do número de mortes provocadas pelo SARS-CoV-2 nos EUA, que superou as 400.000 e deverá chegar "a mais de 600.000", disse Biden.
No total, os EUA registraram mais de 24,8 milhões de casos e acima de 414.000 mortes relacionados com o novo coronavírus, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, EUA.