Cepea, 4/1/2020 – De maneira geral, a citricultura paulista registrou preços elevados em 2020. Com a menor produção de laranjas no cinturão citrícola (São Paulo e Triângulo Mineiro) na safra 2020/21 devido ao clima adverso, a necessidade de matéria-prima por parte da indústria continuou alta ao longo do ano, fator que sustentou os valores da fruta. Segundo o relatório de 10 de dezembro do Fundecitrus, o cinturão deve ter a maior quebra de safra (em termos percentuais) desde 1988/89, quando se iniciou a série histórica. No total, a produção de laranja deve cair 30% na temporada 2020/21, somando 269,36 milhões de caixas de 40,8 kg. Conforme colaboradores do Cepea, a maior demanda industrial em 2020 diminuiu a disponibilidade no mercado de mesa, visto que houve casos de produtores tipicamente do segmento que preferiram direcionar suas frutas à indústria, diante das incertezas da pandemia e dos preços atrativos no processamento. Esse cenário somado às adversidades climáticas (que acentuaram a baixa disponibilidade de frutas com padrão para a mesa) e à demanda aquecida impulsionaram as cotações das laranjas de mesa em praticamente todos os meses de 2020. No mercado de lima ácida tahiti, a oferta esteve bastante elevada entre janeiro e abril, período de pico de safra. Ainda que as exportações tenham sido aquecidas nesse intervalo, os valores foram pressionados pela alta disponibilidade. A elevada carga das plantas naquele momento, por sua vez, resultou em queda nas produções seguintes, elevando os preços, especialmente a partir de julho, quando passaram a operar em patamares recordes nominais da série histórica do Cepea (iniciada em 1996). A baixa produção no segundo semestre foi agravada pela estiagem em alguns períodos. Quanto às exportações da fruta, atingiram recorde em 2020. Fonte: www.cepea.esalq.usp.br
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