Recife/PE - A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (10/12), no âmbito da Operação Articulata, 11 mandados de busca e apreensão em Recife, Olinda, Camaragibe, Itapissuma, Gravatá e Ipojuca. As buscas estão sendo feitas em sedes de empresas, endereços residenciais e um órgão público. As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 5a Região
A presente investigação teve início a partir da análise dos materiais apreendidos na primeira fase da Operação Casa de Papel, a qual revelou possível participação de pessoa com prerrogativa de foro no esquema de corrupção, organização criminosa, favorecimento em licitações, dentre outros crimes ali apurados.
O nome da operação deflagrada hoje foi inspirado no termo em latim do adjetivo articulado, numa alusão ao papel de articulador supostamente exercido pela pessoa com prerrogativa de foro investigada.
RELEMBRE A OPERAÇÃO CASA DE PAPEL:
A Operação Casa de Papel foi deflagrada no dia 16/6/2020 pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF), para apurar irregularidades na compra emergencial de materiais médicos, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Foram constatados indícios de que a empresa contratada pertence a um grupo econômico do setor gráfico, que estaria sendo beneficiado com contratos públicos milionários há mais de uma década.
Os contratos, feitos com dispensa de licitação, são das prefeituras de Recife, Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Paulista. Juntos, eles equivalem a um valor aproximado de R$ 9 milhões. Na época, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão nessas cidades, tanto nas prefeituras quanto na sede da empresa e nas residências de seus sócios.
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