O patrimônio dos candidatos a prefeito em São Paulo varia dentro de uma faixa que vai de R$ 15 mil a R$ 2,4 milhões, segundo um levantamento feito pelo iG com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na lanterna da lista está Guilherme Boulos (PSOL), que tem patrimônio de R$15.995,52, quantia referente à soma de um carro no valor de R$ 15,4 mil e um saldo em conta bancária de R$579,52. Quem lidera é a deputada estadual Marina Helou (Rede), que tem bens que somam pouco mais de R$ 2,2 milhões.
Entre os itens mais valiosos da parlamentar estão a metade do valor de dois imóveis na capital paulista, um em Moema e outro na Vila Madalena. O primeiro dá à candidata da Rede um patrimônio de R$ 1,25 milhão, enquanto o segundo, de R$ 750 mil. Ela ainda tem um carro no valor de R$ 78 mil e R$ 82,5 mil em cotas de uma empresa da família dela que faz o aluguel de imóveis.
Em segundo lugar no ranking dos candidatos mais ricos aparece o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), com bens que chegam a um total de R$ 1,7 milhão. O bem mais caro que ele possui é uma participação social de R$ 407 mil no Bar e Restaurante do Alemão, que ficava em Brasília. O estabelecimento faliu e teria uma dívida de R$ 7,1 milhões em valores corrigidos. Russomanno reconhece o calote, mas questiona esse valor.
O empresário Andrea Matarazzo (PSD) vem em terceiro lugar. O candidato faz parte de uma das mais tradicionais famílias paulistanas e tem um patrimônio de R$ 1,49 milhão, sendo que a maior parte dele, R$ 1,34 milhão, corresponde a uma cota que ele tem da Matarazzo Participações e Comércio Ltda.
Os demais candidatos têm todos menos de R$ 1 milhão em patrimônio declarado. Confira no gráfico de barras abaixo a comparação entre os bens de cada um dos pleiteantes ao comando da Prefeitura de São Paulo.
De acordo com os dados disponíveis na base de dados da Justiça Eleitoral, os candidatos a vice que formam chapa com seus titulares têm patrimônio maior que seus companheiros de disputa. Enquanto todos os candidatos a prefeito somam um patrimônio de R$ 8,3 milhões, os que querem chegar ao posto de número dois na Prefeitura têm mais que o dobro da quantia: R$ 18,8 milhões.
O primeiro dessa lista é o vereador Ricardo Nunes (MDB), que é vice do prefeito Bruno Covas (PSDB). Os bens dele totalizam R$ 4,8 milhões, sendo que ele é seguido por Marta Costa (PSD), com R$ 2,8 milhões, e Antônio Neto (PDT), com 2,5 milhões. Veja a seguir o patrimônio declarado dos demais candidatos a vice.
Ao analisar a prestação de informações dos candidatos a vereadores, também é possível observar que há grande diferença nos patrimônios declarados. Enquanto o pleiteante mais rico declarou uma quantia de R$ 33 milhões, o menor valor registrado foi de R$ 3,51. Vale destacar que a Justiça Eleitoral não faz a fiscalização das informações prestadas pelos candidatos nem atesta a veracidade delas.
Entre os 15 candidatos com maior patrimônio, seis são do DEM e quatro são do Novo. Completam a lista os partidos PP, PT, PSL, Podemos e PV, que têm um candidato cada. Confira abaixo quem são esses candidatos mais ricos.
Dos 2.001 candidatos a vereador em São Paulo, o TSE tem informações mais detalhadas sobre 754 deles em sua base oficial de dados. Os detalhamentos incluem estado de origem, gênero, grau de instrução e cor da pele.
Na visualização a seguir, é possível fazer comparações entre a quantidade de candidatos usando cada um desses critérios. Basta selecionar as opções nos campos "agrupar por" e "colorir por". Cada círculo corresponde a um candidato.