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Modelo trans fala de recuperação após ser espancada em casa: "Me dói muito"

Modelo trans fala de recuperação após ser espancada em casa: "Me dói muito"

Redação
Por: Redação
11/10/2020 às 12h50 Atualizada em 11/10/2020 às 15h50
Modelo trans fala de recuperação após ser espancada em casa:
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A modelo trans Alice Felis ainda sente as consequências da agressão que sofreu dentro da própria casa, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Um criminoso invadiu seu apartamento em agosto deste ano e a espancou, o episódio gerou muitos traumas físicos e também psicológicos. A jovem de 26 anos, já passou por cirurgias, está voltando a trabalhar, mas ainda terá que se submeter a alguns procedimentos cirúrgicos.

Alice Felis após a agressão e antes de ser agredida
Reprodução
Alice Felis foi agredida dentro de casa e ainda lida com traumas

"Quando penso em todo aquele episódio ruim que eu vivi, fico triste ainda. É algo que me dói muito! Estou em fase de tratamento psicológico. Tudo que mais quero é conseguir deixar esse episódio para trás... Sei que nunca vou conseguir esquecer isso, mas uma hora vai amenizar tudo", contou a modelo em entrevista ao jornal Extra.

Por conta da agressão, Alice teve o nariz e o maxilar quebrados e precisou operar. Ela ainda não está totalmente recuperada e precisará fazer mais intervenções cirúrgicas. "A segunda etapa é o tratamento odontológicos, composto de diversas fases em razão da brutalidade das agressões. Fiz cirurgia dos dentes, primeiro as extrações de 12 deles. Agora, fico três meses esperando, pois não pude fazer enxerto em razão da secreção acumulada desde a agressão."


A modelo já voltou a trabalhar e sente que isso tem a ajudado a seguir em frente. "Eu senti confiança, sim, não tanto pela beleza física - claro que também -, mas só o fato de estar viva e ter a chance de recomeçar... Isso não tem preço", declarou Alice que espera que seu caso mostre o quanto a discriminação ainda é presente no Brasil.

"Precisamos combater todo o preconceito que gera essa violência, que coloca o Brasil como o país que mais mata pessoas trans no mundo. Infelizmente ainda temos que conviver com essa situação triste. Por isso, não podemos nos calar diante dessas situações; temos que falar, sim. Tem que ser sim combatido, e, principalmente, precisamos ser respeitadas", finalizou.

Fonte: IG Mulher
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