Cepea, 08/10/2020 - Confira:
Receita atinge recorde real, mas custos também sobem; momento exige cautela do produtor
A pandemia de coronavírus deixou – e ainda tem deixado – o ano de 2020 repleto de incertezas. O agronegócio, no entanto, tem se mostrado mais uma vez um setor resiliente e vem registrando resultados positivos. Dados da CNA em parceria com Cepea indicam que, no primeiro semestre de 2020, o crescimento do PIB do agronegócio foi de expressivos 5,26%, sendo este o avanço mais intenso para uma primeira metade de ano. No caso do setor leiteiro, as incertezas no mercado início da pandemia deixaram pecuaristas mais cautelosos – entre março e abril, muitos secaram as vacas ou diminuíram os investimentos. Esse cenário se somou ao período de sazonalidade da produção no meio do ano, resultando em consecutivos recordes nos preços do leite pagos ao produtor nos últimos meses. Em setembro, especificamente, a “Média Brasil” líquida do Cepea atingiu R$ 2,13/litro, um recorde real da série (os valores mensais foram deflacionados pelo IPCA de agosto/20). Na parcial deste ano, o aumento no preço do leite é de expressivos 56,4%.
Por outro lado, os custos de produção também subiram. Cálculos realizados pelo Projeto “Campo Futuro”, parceria entre a CNA e o Cepea, indicam que o Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os desembolsos correntes das propriedades, acumula alta de 7,57% de janeiro a agosto, tendo-se como base a “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). Ressalta-se que, no mesmo período do ano passado, o aumento havia sido de ligeiro 0,14%. Dentre os estados acompanhados pela CNA/Cepea, os que apresentaram as elevações mais fortes nos custos foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. De janeiro a agosto, os desembolsos nestes estados aumentaram 11,53%, 9,35%, 7,71% respectivamente. Leia mais.
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