Os vínculos do Brasil com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) devem se intensificar mais nos próximos anos, disse nesta segunda-feira (21) o diplomata Carlos Sérgio Sobral Duarte, aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) para chefiar a missão diplomática brasileira na sede do organismo internacional, que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e cuja sede fica em Viena, na Áustria.
— Nossos vínculos com a AIEA são sólidos e de longa data, e devem se estreitar ainda mais. Nossos interesses estratégicos econômicos da área nuclear, tanto no campo público quanto privado, são muito significativos. A Política Nuclear Brasileira (PNB) atua na expansão da geração de energia nucleoelétrica, incluindo a retomada das obras de Angra 3, a produção em escala comercial de urânio enriquecido, a autossuficiência em radiofármacos e a construção do submarino com propulsão nuclear — afirmou Duarte durante a sabatina.
Para o diplomata, a dimensão da atual agenda brasileira leva naturalmente a uma intensificação das relações com a AIEA. Primeiro, na cooperação em tecnologia nuclear, desde a geração de energia até a mineração, agricultura e saúde humana. Segundo, "no acesso a padrões técnicos do mais alto nível de segurança e proteção radiológica"; e, por fim, na aplicação apropriada das medidas de salvaguardas, nos termos de compromissos assumidos internacionalmente pelo Brasil.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)