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Escritório de Helena Witzel recebeu R$ 554 mil de empresas investigadas

Escritório de Helena Witzel recebeu R$ 554 mil de empresas investigadas

Redação
Por: Redação
28/08/2020 às 13h20 Atualizada em 28/08/2020 às 16h20
Escritório de Helena Witzel recebeu R$ 554 mil de empresas investigadas
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Crusoé

Wilson Witzel
Carlos Magno / GERJ
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi afastado do cargo nesta sexta-feira

O escritório de advocacia da primeira-dama do Rio, Helena Witzel , recebeu 554 mil reais de empresas da área de saúde ligadas a empresários próximos do governador Wilson Witzel , do PSC, em um período de um ano. De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), parte do dinheiro foi repassada às contas pessoais do casal. As transferências datam do período entre agosto de 2019 e maio de 2020. A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador e a primeira-dama por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outros sete investigados também são alvo da acusação.

Segundo as investigações, o escritório de advocacia da primeira-dama fez repasses de 74 mil reais às contas do governador. Do total, 30 mil reais foram transferidos a Wilson Witzel no mesmo dia em que caíram nas contas do escritório. As empresas que fizeram pagamentos a Witzel são ligadas a velhos conhecidos da Polícia Federal. Duas delas, responsáveis por repasses de 214 mil reais ao escritório, têm relação com o empresário Mário Peixoto, preso na Operação Lava Jato, em junho. Ele é apontado como um operador de esquemas de corrupção na Saúde do Rio desde 2012, na gestão Sergio Cabral, do MDB.

Outra empresa repassou 280 mil à banca e pertence à família do empresário Gothardo Lopes Netto. Segundo o ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos, em delação premiada, ele tinha "total intimidade" com Witzel desde o governo de transição, quando "tentou inclusive influenciar na composição da Secretaria de Saúde". De acordo com o delator, Lopes Netto era a "pessoa de mais prestígio" junto ao governador.

Para além dos pagamentos, a PGR ainda identificou indícios de que o governador atuava ativamente junto ao escritório de sua mulher. No caso da empresa de Gothardo, o Hospital Jardim Amália, por exemplo, foram encontrados e-mails em que Witzel envia a Helena a minuta do contrato de prestação de serviços jurídicos. Em maio, quando a PF fez buscas no escritório da primeira-dama, não encontrou prova de que ela tenha realmente realizado qualquer trabalho. O contrato previa uma mensalidade de 30 mil reais por mês.

O governador foi afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça. A PGR chegou a pedir prisão do governador, mas o ministro Benedito Gonçalves autorizou somente que ele fique fora do cargo por 180 dias. Durante o período, o governador poderá permanecer na residência oficial do governo do Rio, mas fica proibido de ter acesso às repartições públicas. De acordo com as investigações, mesmo antes de sua eleição, o esquema de corrupção já estava em vigor.

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