A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta sexta-feira (14), por videoconferência, com membros do Business Council for International Understanding (BCIU). Além de apresentar o cenário atual do agronegócio brasileiro, a ministra falou sobre as oportunidades de investimentos no setor.
A ministra comentou que, mesmo em meio às crises globais na saúde pública e na economia, o setor agropecuário vem se destacando, com números recordes de safra de grãos e aumento nas exportações. Segundo ela, o Brasil desenvolveu um modelo de agricultura tropical baseado no desenvolvimento tecnológico e em um arcabouço legal sólido. "Estamos trabalhando para que o Brasil seja o principal fornecedor de alimentos no mundo, garantindo a segurança alimentar global com sustentabilidade e sanidade", disse Tereza Cristina.
Sobre novos instrumentos e finanças verdes, a ministra lembrou a Lei 13.986/2020, que moderniza a política de financiamento do agronegócio brasileiro, desburocratizando o acesso do produtor rural ao crédito e abrindo novas possibilidades de captação de recursos. Ela também falou sobre o memorando de entendimentos com a Climate Bonds Initiative (CBI), para intensificar o segmento das finanças verdes no Brasil.
"Construímos um Plano de Investimento do Agronegócio Sustentável Brasileiro com identificação de critérios necessários para que projetos tenham acesso a esses recursos. Estamos na fase de diálogo com investidores, certificadoras, emissores e reguladores para conhecermos suas reais necessidades, sobretudo as dos investidores", disse.
As oportunidades de investimentos em infraestrutura também foram apresentadas pela ministra. Ela lembrou que para o período 2020 a 2022, estão previstos investimentos de US$ 8,7 bilhões para obras de infraestrutura em portos, rodovias, ferrovias e hidrovias com grande impacto no setor agropecuário. "O Brasil espera de vários parceiros no mundo investimentos em infraestrutura, principalmente de logística, para apoiar a agricultura brasileira".
A BCIU é uma organização apartidária que trabalha para expandir o mercado e o comércio internacional. Auxilia as 200 empresas associadas a se engajarem internacionalmente e facilitando relacionamentos mutuamente benéficos entre líderes empresariais e governamentais em todo o mundo.
Sustentabilidade
Tereza Cristina lembrou que o Brasil desenvolveu um modelo de agricultura tropical baseado no desenvolvimento tecnológico e em um arcabouço legal sólido, modelo que permitiu ao país tornar-se um dos principais atores globais do agronegócio, preservando 66% de seu território nacional com vegetação nativa. "Para que nossa agenda de trabalho com foco em sustentabilidade se concretize, precisaremos de investimentos estrangeiros e parcerias tecnológicas".
Segundo a ministra, a produção brasileira deve crescer 40% até 2050, combinada com uma meta de redução das emissões de gases de efeito estufa de 40% frente aos níveis atuais. "Essa é a meta brasileira, e tenho certeza de que nós vamos cumpri-la", disse.
As prioridades estratégicas do Mapa para a sustentabilidade da agropecuária brasileira são pautadas em três pilares: regularização fundiária e ambiental; Incentivo à disseminação de tecnologias agrícolas tropicais; e Inclusão produtiva para geração de renda. "Estamos trabalhando muito para garantir a expansão da nossa produção de forma sustentável", disse a ministra, acrescentando que o combate ao desmatamento ilegal é uma prioridade do governo Bolsonaro.
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