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Demissão do ministro da Educação foi bem recebida por senadores

Demissão do ministro da Educação foi bem recebida por senadores

Redação
Por: Redação
18/06/2020 às 19h40 Atualizada em 18/06/2020 às 22h40
Demissão do ministro da Educação foi bem recebida por senadores
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O anúncio da saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação foi bem recebido por vários senadores nesta quinta-feira (18). Nas redes sociais, as manifestações foram de repúdio à gestão do ministro nos 14 meses em que ele ocupou o cargo.

"Caiu aquele que nunca deveria ter entrado. Já vai tarde, pior ministro da Educação da história do nosso país!", comentou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Senadores da oposição também fizeram declarações em relação ao pedido de demissão.

"Weintraub deixa o governo e entra para a história como pior ministro da Educação. Me pergunto o que Weintraub quer dizer com ‘passar o bastão’. O bastão de quebra de direitos? Pois foi só isso que ele fez durante todo seu período como ministro, uma vergonha", disse Paulo Rocha (PT-PA).

Para Humberto Costa (PT-PE), o ministro não contribuiu em nada para o país em uma das pastas mais importantes do governo. "Tentou aprofundar as desigualdades e criou crises internacionais. Foi o pior ministro da Educação que o país já teve."

O senador ainda comentou a possível indicação de Weintraub para o Banco Mundial: "Deve continuar fazendo suas tolices lá. Uma pena. Agora, Bolsonaro deve dar mais um ministério para o Centrão tentando evitar o impeachment. Vergonha", completou Costa.

Jaques Wagner (PT-BA) também falou sobre o destino do ministro: "Espero que o Banco Mundial não se preste ao papel de se tornar depósito de acusados por atos de racismo, preconceitos e autoritarismo".

Já na avaliação de Jean Paul Prates (PT-RN), a demissão do ministro é uma manobra do presidente Jair Bolsonaro para desviar a atenção.  

"Mais uma vez, Bolsonaro cria um um fato para abafar outro que quer esconder. O governo anuncia a saída do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Grande dia! Mas a demissão funciona como cortina de fumaça para diminuir o impacto da notícia da prisão do Queiroz — amigo da família", opinou.

No entendimento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), no entanto, Weintraub "entendeu a complexidade do momento" e fez um gesto de "muita lucidez" para ajudar o governo.

— Entregou o cargo para que o presidente Jair Bolsonaro ficasse à vontade na escolha de um novo nome que possa recolocar o ministério em uma situação de mais tranquilidade, de mais compreensão por parte da sociedade brasileira. Agora, é importante que se entenda: alguns que estão procurando pressionar o governo de todas as formas, não vão lograr êxito — afirmou. 

Novo nome

Outros senadores alertaram para a necessidade de que o novo nome da Educação — ainda não definido pelo governo — reúna melhores requisitos para o cargo.

"Após inúmeros equívocos à frente do Ministério da Educação, a saída de Weintraub exige que, desta vez, o governo tenha um mínimo de sensatez e coloque no cargo um ministro à altura que a pasta requer e que os brasileiros exigem", destacou Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB).

Foram criticadas ainda as decisões de Weintraub à frente do ministério, que seriam baseadas apenas em ideologia.  

"Educação é essencial a uma sociedade democrática e próspera. O Brasil merece um ministro com a experiência e o conhecimento à altura dos desafios que o país enfrenta na área. Livre de ideologias nefastas. Não há futuro sem educação inclusiva e de qualidade!", declarou Fernando Collor (Pros- AL).

O senador Weverton (PDT-MA), para quem a demissão de Weintraub é "muito bem-vinda",  disse esperar por outros critérios de escolha do substituto.

"Que seja a capacidade de apresentar resultados e reconstruir o ministério, destruído por muita ideologia e nenhum trabalho", ressaltou.

Último ato

A revogação, nesta quinta-feira, da política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação, foi o último ato de Weintraub como ministro da Educação.

Projetos para sustar a portaria foram apresentados pelo líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), pela líder do Cidadania, senadora Eliziane Gama (MA), com a bancada do partido, e pelo líder do PT, senador Rogério Carvalho (PT-SE), com a bancada do partido e com a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).  

— É uma medida infame, que ofende a particularidade dos direitos dos povos indígenas. Ofende uma conquista histórica da luta do movimento negro brasileiro. E ofende a evolução civilizatória de conquistas como essas, das políticas de cotas — disse o senador Randolfe Rodrigue durante sessão deliberativa remota do Senado.

Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que Weintraub jamais poderia ter sido ministro da Educação, pois "não tinha compostura nem capacidade técnica para ocupar tão importante pasta". A senadora ressaltou, ainda, a importância das políticas afirmativas.

— Políticas que já são constitucionalmente asseguradas pelo Supremo Tribunal Federal. Nós tivemos um aumento em mais da metade da presença de negros, por exemplo, nos cursos de pós-graduação. Nós subimos, a partir das várias portarias que foram apresentadas, de 48,5 mil para 112 mil participações. Então, nós vamos trazer um resultado muito ruim para o Brasil [com a portaria do MEC]. [A política de cotas] é uma ação de reparo do poder público com os negros, com os deficientes e com os índios que, infelizmente, não têm acesso às universidades como deveriam ter — destacou. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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