
Minas Gerais dá um passo decisivo na valorização do patrimônio com o programa Paragens de Minas, iniciativa do Governo do Estado , por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo , em parceria com o Iepha-MG , Secretaria de Desenvolvimento Econômico , Invest Minas , BDMG e Cemig . O lançamento foi realizado nesta terça-feira (2/12), dia em que se comemora o aniversário de Minas Gerais.
O projeto propõe devolver vida, uso social e vocação turística a edifícios históricos, preservando sua memória enquanto os reintegra ao cotidiano das cidades mineiras.
“Paragens de Minas transforma edifícios históricos em espaços de convivência, criação e desenvolvimento. Ao devolvermos vida a esses imóveis, fortalecemos nossa identidade e criamos novos caminhos para o turismo, para o emprego e para o orgulho mineiro”, ressaltou a secretária de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Bárbara Botega.
Patrimônio vivo
Inspirado em referências de sucesso, o programa integra a lógica de preservação cultural com o desenvolvimento econômico e territorial. O projeto envolve desde a identificação de imóveis históricos subutilizados até a elaboração de modelagens que viabilizem sua requalificação, atração de investidores e abertura ao público.
A Invest Minas atuará por meio da plataforma Invest Minas Tur, a qual conecta investidores a oportunidades de negócio no setor de turismo no estado, estimulando o surgimento de hotéis, espaços culturais e empreendimentos sustentáveis. A transformação do antigo imóvel abandonado em Ouro Preto na unidade Vila Galé Collection, hoje um hotel de padrão internacional, é o caso emblemático que inspira a expansão do modelo.
“Com o Paragens de Minas e a Invest Minas Tur estamos estruturando um novo ciclo de oportunidades: patrimônio vivo, desenvolvimento territorial e turismo como motor permanente de geração de renda e orgulho para Minas”, ressalta a gerente de Bens de Consumo, Comércio, Serviços, Ciências da Vida e Softwares da Invest Minas, Larissa Batista.
Durante o lançamento do programa, o Grupo Dez Pras Oito, de Congonhas, homenageou o legado cultural do estado, por meio de uma cena em que Aleijadinho, um dos maiores escultores brasileiros, reflete sobre o sentido da sua obra-prima, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Investimentos
No evento, a Cemig lançou um edital que disponibiliza R$ 15 milhões para restauração de bens tombados e de salvaguarda de acervos históricos. As inscrições começam nesta terça-feira (2/12) e seguem até 12/3 no site da companhia.
O edital contempla projetos inscritos e aprovados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e prevê apoio financeiro entre R$ 200 mil e R$ 950 mil por proposta. São elegíveis iniciativas diversas, desde restauro arquitetônico até ações, como catalogação, higienização, acondicionamento e gerenciamento ambiental de acervos, além de melhorias de infraestrutura, segurança e visitação pública.
“Não nos restringimos apenas ao patrimônio arquitetônico, mas também a iniciativas que contribuam para a conservação e manutenção do patrimônio cultural como um todo”, acrescentou a gerente de comunicação da Cemig, Hannah Drummond.
Soma-se a esse recurso, linhas de crédito do BDMG, que apoiarão iniciativas de requalificação e empreendimentos instalados nos edifícios revitalizados. O Iepha-MG, por meio do programa ICMS Patrimônio Cultural, também estimula municípios a fortalecerem suas políticas locais de preservação, uso e dinamização dos bens culturais.