Sexta, 20 de Setembro de 2024
19°C 32°C
Nova Cantu, PR
Publicidade

Transplantes aumentam, mas falar de doação de órgãos segue sendo tabu

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de quatro mil órgãos e cerca de oito mil córneas foram doadas para a realização de transplantes em todo pa...

20/09/2024 às 18h41
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de quatro mil órgãos e cerca de oito mil córneas foram doadas para a realização de transplantes em todo país. O aumento em relação a 2023 foi de 3,2%.

Apesar do crescimento, falar sobre doação de órgãos ainda é um tabu para uma parte das pessoas. Segundo dados do Ministério da Saúde, de cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar, apenas quatro realmente o fazem. E o motivo foi a recusa da família.

Para tentar desmistificar o assunto, foi lançada pelo ministério uma campanha com o tema: “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, que alerta para a necessidade de se tratar do assunto.

De acordo com a pasta, os órgãos mais doados foram os rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão. Entre os tecidos, a córnea e a medula óssea estão no topo da lista. Somente nos seis primeiros meses desse ano, foram realizados pelo Sistema Único de Saúde, mais de 14 mil transplantes (SUS). No ano passado, esse número foi de 13.900.

Arthur Silva, de 18 anos, se mudou para São Paulo no começo deste ano, quando descobriu que precisava de um transplante de pulmão. Ele conta que, após deixar um emprego na capital federal, passou a se sentir mais cansado e com dificuldade de respiração. Os médicos constataram que o jovem havia sido contaminado por sílica, uma substância tóxica que pode ser encontrada na poeira de tinta, por exemplo.

Arthur, que passou pelo transplante de pulmão em julho deste ano, agora segue uma rotina de cuidados e faz questão de praticar esportes. Para ele, o transplante representou uma vida nova. “Quando o médico me deu a notícia de que eu precisava fazer um transplante, que não tinha outra saída e que não havia remédio, foi um baque para mim e para a família em si. Agora, depois do transplante, minha vida ainda está se organizando. Faço muito acompanhamento médico, mais do que antes do transplante, com vários exames para verificar se o órgão está se comportando bem. Então, a vida é totalmente nova", conta Arthur.

Para fazer a doação, a pessoa pode expressar sua vontade para a família ou deixar seu desejo registrado em um documento. A família também pode comunicar a equipe médica que tem intenção de fazer a doação. E os profissionais de saúde também devem conversar com os familiares e a sociedade como um todo.

Dia 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Lembre-se: fale com sua família e seja um doador.

*Com supervisão de Roberta Lopes

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lenium - Criar site de notícias